Filial da Al Qaeda na Síria anuncia fim da luta contra rivais do EIIL

Cairo, 4 mai (EFE).- O Frente al Nusra, a filial da rede terrorista Al Qaeda na Síria, assegurou neste domingo que obedecerá a ordem do líder da organização, Ayman al-Zawahiri, de abandonar a luta contra o grupo rival Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

“Anunciamos nosso cumprimento da ordem do xeque Ayman al- Zawahiri, que Deus o proteja, para deter qualquer ataque por nossa parte contra o grupo do Estado Islâmico”, assinalou a Frente al Nusra em comunicado divulgado através de fóruns jihadistas.

No entanto, o grupo de oposição ao regime do presidente Bashar al Assad acrescentou que continuará se “defendendo” dos combatentes do EIIL em caso de ataques a suas propriedades.

Por outra parte, a Frente al Nusra se comprometeu a participar “imediatamente” no estabelecimento de um “tribunal religioso”, proposto por Al-Zawahiri, para resolver as discórdias entre os grupos jihadistas.

Além disso, a filia da Al Qaeda na Síria anunciou a aceitação da iniciativa lançada pelos xeques tribais na província oriental de Deir al Zur para formar um “tribunal religioso independente” e expressou seu sinal verde aos “juízes” indicados.

Em mensagem publicada na internet na última sexta, Al-Zawahiri pediu à Frente al Nusra e a seu dirigente, Abu Mohammed al Yulani, “deter imediatamente a luta de inimizade contra as almas e a santidade dos irmãos mujahedins (guerreiros santos)”.

A Frente al Nusra acusa o EIIL de perpetrar vários assassinatos seletivos contra seus líderes e dirigentes na Síria, como o ex-companheiro de Bin Laden e líder da Frente Islâmica Síria Abu Khaled al Suri, assassinado em circunstâncias duvidosas em Aleppo no final de fevereiro.

Ao contrário da EIIL, a Frente al Nusra, criado em janeiro de 2012, se abriu ao resto das facções opositoras ao regime de Al-Assad e acredita que sua luta se limita ao território sírio, onde o futuro será construído de acordo à “sharia” ou lei islâmica.

O EIIL, organização criada no Iraque, também luta para anexar a Síria ao Iraque com o objetivo de formar o núcleo de um califado islâmico. EFE