IFJ repudia morte do primeiro jornalista assassinado do ano, no Paquistão

  • Por Agencia EFE
  • 02/01/2014 15h59

Bruxelas, 2 jan (EFE).- A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) manifestou nesta quinta-feira sua repulsa pela morte do primeiro jornalista assassinado em 2014, o paquistanês Shan Odhor, e pediu ao governo do Paquistão que investigue imediatamente os fatos.

Odhor, repórter do canal de notícias “Aaab Tak News”, foi baleado por assaltantes não identificados quando voltava para casa no distrito de Larkana na noite de Ano Novo. Ele foi levado para o hospital e morreu nas primeiras horas de ontem por conta dos graves ferimentos sofridos, lembrou a IFJ em comunicado.

Após tomar conhecimento da morte do jornalista, o Sindicato Federal de Jornalistas do Paquistão (PFUJ), filiado à IFJ, organizou uma série de protestos por todo o país para pedir que o governo aumente os esforços para proteger jornalistas.

“Expressamos nossas mais profundas condolências à família e aos colegas do muito respeitado jornalista Shan Odhor, que acreditamos ser o primeiro jornalista a ser morto em 2014”, disse na nota o presidente da IFJ, Jim Boumelha.

Boumelha prosseguiu: “Apelamos para as autoridades no Paquistão para realizar uma investigação imediata e exaustiva sobre o assassinato, e tomar todas as medidas necessárias para garantir que os responsáveis por este crime horrível enfrentem o peso da justiça.”

No último dia 31, a IFJ apresentou o relatório anual de jornalistas e profissionais de mídia que morreram em 2013, que mostrou que o Paquistão continua sendo um dos países mais perigosos do mundo para os que trabalham na área, com dez profissionais mortos no ano passado.

Em resposta à violência que sofre a imprensa e a impunidade dos crimes dos quais é vítima, a Federação lançou em outubro de 2013 uma campanha na qual pedia aos governos de Paquistão, Iraque e Rússia que investiguem os assassinatos de jornalistas em seus territórios e que os autores sejam julgados.

“Acreditamos que a falta de responsabilidade por atos de violência contra jornalistas no Paquistão reforça a cultura de impunidade e é a principal razão pela qual os jornalistas no país continuam na linha de fogo”, concluiu Boumelha. EFE

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