Manifestantes fazem ato contra a Copa do Mundo no escritório da Odebrecht

  • Por Agência Brasil
  • 08/05/2014 13h29
Beatriz Pasqualino/Radioagência Nacional Movimentos sociais ocupam sede da Odebrecht em São Paulo

A manifestação organizada por movimentos sociais Copa sem Povo, tô na Rua de Novo seguiu em passeata pela zona oeste e chegou, por volta das 10h30, ao escritório da empresa Odebrecht, localizado na Marginal Pinheiros, próximo à Ponte Eusébio Matoso. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em marcha desde a última terça-feira (6), se juntaram aos manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Movimento Popular por Moradia (MPM), Movimento de Luta Popular (MLP).

Eles protestam contra os gastos públicos com a Copa do Mundo e consideram a empresa um símbolo desses gastos. “Não tem moradia e todo o dinheiro da Copa vai para Odebrecht. Está tendo a Copa e é despejo todos os dias, as nossas reivindicações estão ficando para trás. O dinheiro da construção de hospitais também está sendo desviado para isso”, disse José Carlos Pereira dos Reis, coordenador do coletivo estadual do MTST.

“Queremos educação, saúde, creches, moradia. Porque não é justo que as pessoas estejam na rua e o governo gastando com coisas que não precisa”, disse Fabíola Rodrigues de Araújo, 25 anos, dona de casa. Ela é moradora da ocupação Novo Pinheirinho, de Embu das Artes. “Tem gente que doa roupas, alimentos, bastante coisa para gente dentro do acampamento. O terreno é da CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano], estamos esperando a desapropriação há três anos. Moro lá com o meu marido e minha filha de 4 anos”, contou.

Ilmo Gomes de Souza, de 38 anos, motorista, também mora em Novo Pinheirinho, há um ano e oito meses. “É um absurdo o que gastaram com a Copa. Poderia [o governo] estar fazendo moradia, em vez de gastar com uma Copa de poucos dias”.

Hecílio Ferreira da Costa, de 42 anos, trabalha como segurança e concorda que a Copa não é boa para o país. “Primeiro devia estruturar o Brasil na educação, na saúde, na moradia, para depois fazer esse negócio de Copa. Não temos escola digna para os nossos filhos, médico… O Brasil está numa situação crítica”, disse

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