Ministro da Agricultura estima que viagem à Ásia gerou US$ 50 mi em negócios

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/09/2016 13h43
KOCH01. Hangzhou (China), 04/09/2016.- Chinese President Xi Jinping (C) takes a group photo with Indian Prime Minister Narendra Modi (2-L), Brazil's President Michel Temer (L), Russian President Vladimir Putin (2-R) and South Africa's President Jacob Zuma (R) at the West Lake State Guest House in Hangzhou, China, 04 September 2016. The G20 Summit will be held in Hangzhou on 04 to 05 September. EFE/EPA/SERGEI GUNEEV / SPUTNIK / KREMLIN POOL EFE/EPA/SERGEI GUNEEV Líderes do Brasil (Michel Temer)

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, avaliou que a viagem a cinco cidades da China e a Seul, na Coreia do Sul, gerou cerca de US$ 50 milhões em negócios nos setores de carnes, café, grãos e madeira. Em nota divulgada por sua assessoria, Maggi diz que a viagem também abriu caminho para investimentos no Brasil em agroindústria, infraestrutura e logística. Nesta segunda-feira o ministro está em Bangcoc, na Tailândia; depois seguirá para Mianmar, Malásia, Vietnã e Índia.

Maggi diz que ter conversado com empresários chineses que participaram do seminário empresarial Brasil-China, em Xangai. “Sinto que eles estão dispostos a investir no Brasil porque o momento é favorável a eles.” 

Sobre a Coreia do Sul, disse que o governo deve liberar em breve a entrada de carne suína de Santa Catarina. “O vice-ministro da Agricultura me disse que em dois meses o Congresso deverá aprovar a importação e, em seguida, técnicos coreanos irão ao Brasil para a fase final de inspeção sanitária em frigoríficos.”

A possibilidade de o país comprar também carne bovina está sendo discutida. “Meu maior argumento junto aos coreanos: vocês compram carnes do Uruguai, eles têm pouco mais de 3,4 milhões de habitantes. O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Onde você vai vender mais carros Hyundai, Kia, smartphones, TVs Samsung ou LG? No Uruguai ou no Brasil?”

Maggi enfatizou a necessidade de conhecer particularidades de cada mercado. “Na Coreia, por exemplo, está claro que a resistência deles em liberar a importação de determinados produtos é consequência da pressão de setores que temem a concorrência, como produtores tradicionais. Há ainda questões de política externa envolvendo outros países, como os Estados Unidos, maior vendedor de carne para os coreanos.”

No tocante à China, disse que “existem questões que podem favorecer o maior ingresso de carne brasileira, como atritos diplomáticos com a Austrália”. “Nós queremos que os chineses comprem mais produtos processados do Brasil, com maior valor agregado, e comprem mais carne. Temos que estudar quais contrapartidas poderemos dar a eles. A proposta inicial deles é que façamos parte do comércio em reais e yuan, o que é muito complicado e, para viabilizar isso, seria necessária uma engenharia financeira muito sofisticada envolvendo os bancos centrais.”

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