Após prisão de Assange, Rafael Correa diz que Moreno é ‘traidor maior da história latino-americana’

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2019 17h41 - Atualizado em 11/04/2019 17h41
José Jácome/EFE José Jácome/EFE Ex-presidente disse que o que o que Lenín Moreno fez é "um crime que a humanidade jamais esquecerá"

O ex-presidente do Equador Rafael Correa disse nesta quinta-feira, 11, que o atual governante do país, Lenín Moreno, é um “traidor” por retirar o direito de cidadania do fundador do Wikileaks, Julian Assange, que estava asilado na embaixada do Equador em Londres, no Reino Unido, há sete anos. Assange foi preso pela polícia britânica após perder sua cidadania.

Correa disse que a ação de Moreno foi um crime.

“O traidor maior da história equatoriana e latino-americana, Lenín Moreno, permitiu que a Polícia britânica entrasse em nossa Embaixada em Londres para prender Assange. Moreno é um corrupto, mas o que fez é um crime que a humanidade jamais esquecerá”, escreveu Correa através do seu perfil no Twitter.

O ex-presidente criticou que Moreno tenha qualificado de “decisão soberana” a decisão de retirar o asilo.

“Um dos atos mais atrozes fruto do servilismo, da vileza e da vingança. A história será implacável com os culpados de algo tão atroz”, afirmou Correa sobre a detenção de Assange, que entrou para pedir asilo na Embaixada equatoriana em 2012, quando ele presidia o país.

Correi também lamentou que as autoridades do seu país tenham entregado “um cidadão equatoriano”, embora o Equador tenha esclarecido hoje que suspendeu a nacionalidade que concedeu ao fundador do “WikiLeaks” no final de 2017 por considerar que aconteceram irregularidades no trâmite.

“Poucas vezes se viu tanta covardia e miséria humana!”, disse Correa sobre o acontecimento, concluindo: “De agora em diante em nível mundial a canalhice e a traição poderão ser resumidas em duas palavras: Lenín Moreno”.

*Com EFE

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