Autor de atropelamento na Virgínia é identificado

  • Por EFE
  • 13/08/2017 10h51
EFE James Alex Fields Jr foi detido após atropelamento em massa em Charlottesvile, nos Estados Unidos

As autoridades dos Estados Unidos acusaram formalmente de assassinato em segundo grau James Alex Fields Jr., de 20 anos e natural de Ohio, como o suposto autor do atropelamento neste sábado em Charlottesville, que deixou um morto e mais de 20 feridos após uma passeata de supremacistas brancos.

Fields, de raça branca, foi detido pouco após atropelar um grupo de pessoas que protestavam contra a marcha de brancos supremacistas “Unir a Direita”, que aconteceu esta manhã na cidade, e onde aconteceram violentos choques entre manifestantes e opositores deles.

O jovem, residente em Maumee (Ohio), está detido na prisão do condado de Albermarle-Charlottesville.

O chefe de Polícia da cidade, Al Thomas, afirmou em coletiva de imprensa que o atropelamento foi um ato premeditado.

Durante o dia caótico, também aconteceu um acidente de helicóptero da Polícia estadual da Virgínia em que o piloto e um passageiro morreram, fato que as autoridades também vincularam aos protestos.

Em um breve pronunciamento, o presidente americano, Donald Trump, reprovou os fatos violentos ocorridos na cidade de Charlottesville, sede da Universidade de Virgínia e situada a pouco mais de 300 quilômetros a sudoeste de Washington.

“Condenamos nos termos mais contundentes esta atroz mostra de fanatismo, racismo e violência por múltiplas partes”, declarou Trump em declaração feita em Bedminster (Nova Jersey), onde passa as suas férias de verão.

O atropelamento aconteceu perto das 13h (horário local, 14h em Brasília), pouco depois de o governador da Virgínia, Terry McAuliffe, declarar estado de emergência na cidade para tentar conter os confrontos entre participantes da passeata e opositores a ela.

A polêmica marcha “Unite the Right” (Unir a Direita) foi organizada como protesto pela retirada de uma estátua em homenagem ao general confederado Robert E. Lee, que liderou as forças sulistas durante a Guerra Civil americana.

Entre os manifestantes, alguns dos quais usavam suásticas nazistas, encontrava-se o ex-líder do Ku Klux Klan David Duker.

A manifestação foi classificada como o “maior encontro de ódio de raça em décadas”, segundo o Southern Poverty Law Center, que investiga pessoas que fomentam a violência racial.

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