Bolsonaro sobre Venezuela: ‘Diplomacia em primeiro lugar, até as últimas consequências’

  • Por Rafael Iglesias/Jovem Pan
  • 19/03/2019 18h00 - Atualizado em 19/03/2019 21h47
EFE Presidentes se reuniram nesta terça-feira em Washington, capital dos EUA

O presidente, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (19) que defende a “diplomacia em primeiro lugar, até as últimas consequências” na resolução da crise política, econômica e social que atinge a Venezuela. O brasileiro se reuniu mais cedo com o chefe do governo dos Estados Unidos, Donald Trump, que não descartou intervenção militar.

Bolsonaro conversou brevemente com jornalistas em Washington, de onde retorna ainda nesta terça. Ele ressaltou que Trump “disse que todas as hipóteses estão na mesa”, mas não quis detalhar o que foi conversado sobre o assunto na reunião, justificando que grande parte da conversa – guiada pela “informalidade” – tem caráter secreto.

‘Vamos ver o que acontece’

Mais cedo, após a reunião, Trump não descartou uma possível intervenção militar norte-americana no território venezuelano, ao ser questionado durante entrevista coletiva, que aconteceu na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos. “Todas as opções estão abertas, vamos ver o que acontece”, declarou, apenas.

Antes, entretanto, Bolsonaro foi mais comedido e tentou desconversar ao falar sobre o mesmo tema, que seria estratégico. “Tem certas questões que, se você divulgar, deixam de ser estratégicas. Essas questões que podem ser discutidas, se já não foram, não podem ser tornadas públicas. Tudo que tratarmos aqui [nos EUA] será honrado.”

O chefe do governo dos Estados Unidos ainda indicou que não impôs um período determinado para que a situação da Venezuela fosse resolvida. “Ninguém falou sobre prazo específico. Em algum ponto vai mudar. Ainda não baixamos sanções mais duras, mas podemos ser muito mais duros se nós quisermos”, respondeu à imprensa.

“Não queremos nada mais além de cuidar de pessoas que estão passando fome e morrendo”, disse Trump. Antes, ele havia destaco a união com o Brasil para ajudar a “retomar a liberdade” na Venezuela. Ele chegou a citar a situação de Cuba e Nicarágua como exemplos a serem combatidos. “Chegou a hora final do socialismo no nosso hemisfério.”

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