Buscadores de ninhos buscam fissura para resgatar meninos presos na Tailândia

  • Por Agência EFE
  • 07/07/2018 15h48
Agência EFE Até o momento, as autoridades inspecionaram uma centena de chaminés e cavidades sem, por enquanto, se deparar com uma que chegue ao local onde o grupo está preso

Especialistas em busca de ninhos vasculham um monte do norte da Tailândia na busca de uma fissura pela qual efetuar o resgate das 12 crianças e um adulto presos em uma caverna há duas semanas.

“Resgatar os meninos é importante para suas famílias, mas também para todo o país”, declarou à Agência Efe Maan, um dos buscadores antes de retomar a missão neste sábado (7).

A equipe de rastreamento, formada por uma dezena de pessoas com idades compreendidas entre 20 e 50 anos, chegou no início da semana do sul do país para apresentar-se como voluntários nas tarefas de salvamento.

Até o momento, as autoridades inspecionaram uma centena de chaminés e cavidades sem, por enquanto, se deparar com uma que chegue às proximidades da gruta onde estão presos os estudantes e seu monitor.

“Vamos continuar com as operações”, disse à imprensa local outro dos buscadores de ninhos comestíveis, uma delícia culinária na cultura asiática.

As duras jornadas para este grupo de especialistas podem superar 12 horas de difíceis caminhadas entre a espessa vegetação auxiliadas com material de escalada.

Narongsak Ossottanakorn, governador de Chiang Rai, onde se encontra a caverna, afirmou na noite da última sexta-feira (6) que 18 fissuras estão sendo analisadas com mais atenção, algumas com uma profundidade de até 400 metros.

A densa selva tailandesa e a ameaça pela chegada de chuvas dificulta a tarefa de encontrar uma entrada alternativa à gruta onde está o grupo.

Além da busca no terreno, as autoridades mantêm a opção de tirar as crianças mergulhando através das labirínticas passagens parcialmente inundadas do complexo subterrâneo.

No entanto, os responsáveis pela operação evitam anunciar uma data para as operações que, segundo asseguram, acontecerão de maneira gradual, tirando primeiro as crianças em melhores condições físicas e psicológicas.

“Vamos correr o mínimo risco possível, mas não podemos esperar até que comecem as fortes chuvas e piore a situação”, afirmou ontem à noite Narongsak Ossottanakorn ao referir-se à temporada de precipitações que se aproxima da região.

O grupo – composto por 12 meninos de entre 11 e 16 anos e um adulto de 26 – foi achado na noite de segunda-feira em uma ilha de terreno seco a quatro quilômetros da entrada da caverna e após nove dias de intensa busca na qual participaram mais de 1.300 pessoas.

Visivelmente magros, mas em bom estado anímico e de saúde, os garotos estão sendo atendidos na gruta por uma dezena de militares, entre eles um médico e um psicólogo.

Graças à ingestão de complementos vitamínicos, o grupo recupera pouco a pouco as forças para passar à segunda fase: a saída da caverna situada no parque natural Tham Luang-Khun Nam Nang Impar, na fronteira entre Tailândia e Mianmar.

Para isso, os estudantes e o monitor começaram um treinamento intensivo para aprender a mergulhar, uma opção de elevado risco, mas que, segundo os analistas, continua sendo a mais factível.

Os 13 entraram nessas galerias subterrâneas no último dia 23 de junho após um treino de futebol quando uma súbita tempestade começou a inundar a caverna e lhes impediu de sair.

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