Casa Branca não descarta outra paralisação nos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2019 16h10
EFE/MICHAEL REYNOLDS EFE/MICHAEL REYNOLDS Donald Trump não assinará um pacto que considere "inaceitável"

Mick Mulvaney, o chefe de gabinete interino da Casa Branca, não descartou, neste domingo (10), outro fechamento parcial da Administração dos Estados Unidos a partir de 15 de fevereiro, data limite para que um comitê bipartidário do Congresso alcance um acordo sobre os fundos do Departamento de Segurança Nacional.

“Um fechamento de Administração ainda está tecnicamente sobre a mesa”, advertiu Mulvaney em declarações ao programa “Fox News Sunday”, que lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não assinará um pacto que considere “inaceitável”.

“Digamos que a ala esquerda do partido democrata prevalece nesta negociação e propõem um projeto de lei com, digamos, zero dinheiro para o muro ou 800 milhões, um número absurdamente baixo. Como ele vai assinar isso? Não pode assinar”, acrescentou.

O último fechamento parcial do Governo, que começou em 22 de dezembro, paralisou 25% da Administração durante 35 dias depois que Trump pediu mais fundos para a construção de um muro na fronteira com o México.

Finalmente, Trump cedeu à pressão popular e assinou um decreto que dotou a Administração de fundos até 15 de fevereiro, sem dinheiro para o muro, permitindo assim sua reabertura após o fechamento parcial mais longo da história dos EUA.

Durante estas três semanas, um comitê bipartidário com membros da Câmara Baixa e do Senado negocia uma solução para que não ocorra outra paralisia parcial.

Os republicanos e democratas do Congresso estão em desacordo com a solicitação de Trump de proporcionar US$ 5,7 bilhões em fundos para um muro na fronteira entre EUA e México.

No entanto, a presidente da Câmara Baixa dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, garantiu nesta quinta-feira que acredita que a Casa Branca e o Congresso cheguem em breve a um acordo que evite outro fechamento parcial da Administração antes da data limite.

O acordo para reabrir a Administração em 25 de janeiro supôs uma vitória para a oposição democrata, que tinha se oposto ao financiamento do muro na fronteira.

Por sua vez, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, se mostrou satisfeito que os democratas e Trump tenham chegado a um acordo, depois que vários republicanos manifestaram publicamente que era necessário reabrir a Administração.

A paralisia prejudicou 800 mil dos 2,1 milhões de trabalhadores federais, que não receberam enquanto o Governo permaneceu fechado, mas receberam salários após a reabertura.

*Com informações da Agência EFE.

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