Confrontos na Síria deixam quase 100 mortos entre forças do governo e da oposição

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2019 13h57
EFE/STR Grupos leais a Damasco tiveram 51 baixas; da oposição, foram contabilizados 45 mortos

Confrontos iniciados na noite desta quinta (27) na Síria deixaram ao menos 51 soldados das tropas governamentais e 45 combatentes da oposição. Os grupos se enfrentaram no norte da província de Hama, onde o conflito já dura quase um mês.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou nesta sexta (28) que as forças leais a Damasco, com o apoio da Rússia, tentaram tomar o controle das localidades de Tel Meleh e Al Yabin, que as facções opositoras conquistaram no início de junho.

Segundo a ONG, pelo menos 51 soldados e milicianos leais ao governo sírio morreram nos combates e pelo impacto de projéteis lançados pelos seus inimigos, que conseguiram inclusive atingir um avião do exército sírio com um foguete antiaéreo.

Já nas fileiras opositoras foram contabilizados 45 mortos, entre eles 29 combatentes jihadistas, nos confrontos e ataques aéreos e de artilharia dos exércitos sírio e russo.

O Observatório detalhou que os aviões de combate efetuaram quase 200 incursões aéreas, enquanto as tropas terrestres lançaram mais de 900 projéteis nas frentes de Tel Meleh e Al Yabin, e áreas próximas.

Por sua parte, a agência de notícias estatal síria “SANA” afirmou que as unidades do exército atacaram de forma “intensa” com mísseis as posições dos “grupos terroristas” em Tel Meleh e Al Yabin, e causaram baixas nas fileiras inimigas, sem precisar o número de mortos ou feridos.

Segundo a “SANA”, as tropas começaram seus ataques com mísseis e de artilharia para evitar a expansão dos combatentes da Frente Al Nusra, como se denominava a facção síria da Al Qaeda antes de distanciar-se da rede terrorista.

A agência estatal acusou os jihadistas de atacar com projéteis os povoados “seguros” da região, que estão sob o controle das forças governamentais, e de causar dezenas de mortos e feridos civis, e danos em suas propriedades.

O exército sírio e seus aliados intensificaram desde o final de abril sua campanha no norte de Hama e no sul de Idlib, onde ainda têm presença os grupos armados opositores, e a violência causou mais de 500 mortos entre os civis, segundo o Observatório.

A província de Idlib está controlada em grande parte pela ex-filial síria da Al Qaeda e outros grupos islamitas opositores ao regime de Damasco.

Com Agência EFE

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