‘Defensores dos direitos humanos vão pedir redução da pena’, diz ex-mulher de Battisti

  • Por Jovem Pan
  • 14/01/2019 14h24 - Atualizado em 14/01/2019 14h56
EFE Professora afirmou que próximos passos são para garantir que italiano 'não fique em condições insalubres'

A professora Priscila Luana Pereira lamentou, em entrevista no último domingo (13), a detenção do ex-marido Cesare Battisti. Ela disse que espera que as autoridades da Itália revejam a pena de prisão perpétua, pois teme pela vida dele.

“Acredito que os defensores dos direitos humanos vão pedir a redução da pena. Cesare foi julgado à revelia e a sentença é muito dura”, afirmou. “Cesare já tem alguma idade e problemas de saúde como hepatite, precisa tomar medicamento. Os próximos passos são para garantir que ele não fique em condições insalubres”, completou.

A entrevista foi dada ao jornal O Estado de S. Paulo pouco depois de ela saber que o avião que levaria Battisti de volta à Itália havia decolado de Santa Cruz de La Sierra. Priscila mora em São José do Rio Preto (SP) com o filho do casal, de cinco anos, mas recebeu a notícia da prisão em Cananeia (SP), onde o italiano tem uma casa.

Priscila ainda disse não entender o motivo de o governo Jair Bolsonaro ter enviado um avião para a Bolívia depois da detenção. “A partir do momento que ele saiu do Brasil o assunto é da Bolívia coma Itália”, afirmou.

Segundo ela, o filho do casal, apesar da pouca idade, tem sentido efeitos da situação. “Ele não entende completamente o que está acontecendo, mas sente falta do pai, pergunta por que nós estamos aqui e ele não”, concluiu.

Cesare Battisti foi capturado no último sábado (12) nas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Ele vai cumprir pena na prisão de Rebibbia, em Roma, numa cela sozinho, em área de alta segurança reservada a terroristas e em regime de isolamento por um período de seis meses.

Relembre aqui a história de Battisti 

 

*Com Estadão Conteúdo

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