Discurso de presidente brasileiro na Assembleia-Geral da ONU é tradição; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2018 11h26 - Atualizado em 25/09/2018 11h43
JASON SZENES/EFE Brasil abrir a Assembleia-Geral da ONU é tradição, não regra Brasil abrir a Assembleia-Geral da ONU é tradição, não regra

Nesta terça-feira (25), se inicia a reunião de líderes na 73ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. Quem abrirá com discurso será o presidente do Brasil, Michel Temer, que chegou aos EUA no domingo (23). Desde a criação da Assembleia, em quase todas as oportunidades, o primeiro a falar é o representante brasileiro. Por mais que não seja uma regra, a tradição é, praticamente, sempre cumprida à risca.

Nas primeiras assembleias, nos primeiros anos da ONU, nenhum líder queria iniciar o discurso. Por isso, o Brasil se voluntariava, e foi o primeiro a falar em 1949, 1950 e 1951. Como resultado, o país vem abrindo as assembleias, de forma “oficial”, desde 1955.

Apenas duas vezes o Brasil não inaugurou o discurso: 1983 e 1984. Nas ocasiões, Ronald Reagan – presidente americano na época – foi o primeiro a falar. Normalmente, o representante dos EUA fala logo após o representante brasileiro.

Em 2011, durante a 66ª assembleia, a ex-presidente Dilma Rousseff foi a primeira mulher na história a iniciar o discurso. Durante a abertura, a petista criticou a espionagem americana revelada por Edward Snowden.

Outra peça importante para que essa tradição prossiga foi Osvaldo de Aranha. O diplomata presidiu a Primeira Sessão Especial da Assembleia, encontro que oficializou a criação do Estado de Israel. Aranha apoiou a criação de dois Estados e não permitiu que a votação fosse postergada. A ação rendeu elogios e sua atitude chegou a ser cogitada como digna de um Nobel da Paz.

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