Equador manterá proteção internacional para Julian Assange

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/02/2018 09h12
ANDY RAIN/EFE Assange, de 46 anos, não se apresentou em um tribunal que requeria sua presença em 29 de junho de 2012

Equador manterá a proteção internacional para Julian Assange depois que o Reino Unido decidiu manter em vigor a ordem de prisão contra o ativista australiano, informaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes oficiais.

De acordo com essas fontes, o Equador manterá a medida enquanto o governo do presidente Lenín Moreno considerar que a vida do fundador do site WikiLeaks esteja em perigo, segundo “o mandato constitucional de defesa dos direitos humanos e os tratados internacionais assinados pelo Equador“.

Apesar de sua decisão, o governo equatoriano pretende continuar mantendo “as melhores relações possíveis” com o Reino Unido e buscará uma saída “satisfatória para os dois países”, que leve em consideração os direitos humanos.

A Justiça britânica manteve hoje a ordem para prender o ativista australiano se ele deixar a embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado desde 2012, mesmo depois que a Suécia retirou em maio o pedido de extradição contra ele por acusações de supostos crimes sexuais.

A juíza da Corte de Magistrados de Westminster Emma Arbuthnot opinou que o fundador do WikiLeaks ainda deve responder por ter violado os termos de sua liberdade condicional quando se refugiou na sede diplomática.

A defesa de Assange pode recorrer da decisão em instâncias superiores e apresentou novos argumentos em favor de retirar a ordem de prisão, que considera uma punição desproporcional “contra o interesse público”, um ponto sobre o qual a juíza deve se pronunciar na próxima terça-feira.

Assange, de 46 anos, não se apresentou em um tribunal que requeria sua presença em 29 de junho de 2012, poucos dias depois de ter buscado refúgio na embaixada, uma ofensa que pode acarretar em uma pena máxima de um ano de prisão no Reino Unido.

A magistrada do tribunal de Westminster rejeitou os argumentos apresentados hoje pela defesa, que considerava que a ordem de detenção perdeu o seu propósito uma vez que a Suécia arquivou o caso.

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