Espanha: Direita protesta pela renúncia de premiê socialista que ofereceu negociação a separatistas

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2019 11h37
EFE Milhares de espanhóis pedem nesse domingo que Pedro Sanchez deixe o governo

A direita espanhola reuniu milhares de pessoas em manifestação contra o primeiro-ministro do país, o socialista Pedro Sanchez, neste domingo (10), em Madri. O grupo pede a renúncia do premiê, que ofereceu rodada de negociações com separatistas da Catalunha.

Os manifestantes consideram a proposta como uma traição, apesar de separatistas já terem rejeitado a ideia. Os protestos foram convocados pelos partidos Popular e Ciudadanos. Como a direita, os próprios socialistas se opõem à independência catalã.

Grupos de extrema-direita, incluindo o partido Vox, também estão presentes no protesto, realizado sob o slogan “Por uma Espanha unida. Eleições agora!”. A maior parte dos manifestantes se reuniu na Plaza de Cólon, na capital espanhola.

Os espanhóis exibem com cartazes a favor das forças de segurança do país e palavras de ordem pela renúncia de Sanchez. “O tempo do governo de Sanchez acabou”, disse o presidente do Partido Popular, Pablo Casado.

As tensões políticas ocorrem antes de julgamento altamente sensível no Supremo Tribunal da Espanha, que começa na terça-feira (12) contra 12 separatistas que enfrentam diversas acusações, incluindo rebelião, em tentativa fracassada de secessão em 2017.

O premiê Pedro Sanchez herdou a crise catalã do ex-primeiro-ministro Mariano Rajoy, depois que o então líder do Partido Popular não conseguiu parar o apoio para a secessão na Catalunha por cerca de metade dos eleitores da região.

Sanchez chegou ao poder em junho passado prometendo suavizar as tensões entre autoridades em Madrid e os líderes catalães em Barcelona. Ele disse que estaria disposto a ajudar os legisladores catalães a concordar com uma nova lei de autonomia.

Entretanto, o atual governo rompeu as negociações na sexta-feira (8), quando a vice-presidente Carmen Calvo disse que os separatistas não cederiam a demanda por um referendo de independência.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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