EUA: Autor de tiroteio em sinagoga é indiciado por 114 crimes

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2019 14h36
EFE Acusações incluem crimes de ódio e obstrução ao livre exercício de crenças religiosas

John T. Earnest, o suspeito de ser o autor do tiroteio que deixou um morto e três feridos em uma sinagoga de Poway, na Califórnia, no último dia 27, enfrenta 109 novas acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Earnest se declarou inocente de cinco acusações anteriores, entre elas a de homicídio por crime de ódio.

As novas acusações da promotoria incluem 54 crimes por obstrução do livre exercício de crenças religiosas, 54 por crimes de ódio e uma por dano a uma propriedade religiosa. Ele pode ser condenado à pena de morte ou prisão perpétua.

“Não permitiremos que os membros da nossa comunidade sejam perseguidos nos seus lugares de culto, onde deveriam sentir-se livres e seguros para exercer seu direito a praticar sua religião”, disse em comunicado o promotor federal Robert S. Brewer Jr.

“Nossas ações hoje estão inspiradas pelo nosso desejo de conseguir justiça para todas as vítimas e suas famílias”, acrescentou.

Na sinagoga, onde estavam dezenas de pessoas, morreu Lori Gilbert Kaye, de 60 anos, e ficaram feridos pelos disparos Almong Peretz, de 34, e Noya Dahan, de oito, além do rabino Yisroel Goldstein, de 57.

Pouco depois do tiroteio, que foi registrado pela câmera de segurança do templo, o suspeito ligou para o telefone de emergências 911 e deu sua localização. Logo depois, foi detido pela polícia de San Diego.

Earnest supostamente publicou uma carta aberta na internet na qual expressou sua intenção de agredir judeus.

Através de um comunicado, a família do jovem condenou o ataque.

“A forma como nosso filho se sentiu atraído por semelhante escuridão é um mistério aterrorizador para nós, mas confiamos que a polícia descobrirá muitos detalhes do caminho que tomou para cometer este ato tão cruel e desprezível”, disse a família.

*Com EFE

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