EUA: Médico universitário que se matou abusou de pelo menos 177 estudantes

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2019 11h20
Reprodução/OSU Abusos afetaram atletas de pelo menos 15 esportes entre 1979 e 1996

Um relatório divulgado na última sexta-feira, 18, revelou que o médico americano Richard Strauss, que se suicidou em 2005, abusou sexualmente de pelo menos 177 estudantes. Ele era o profissional de saúde que cuidava das equipes esportivas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.

O relatório foi preparado pelo escritório de advocacia Perkins Coie LLP e revelou que a universidade “tinha conhecimento” dos abusos sexuais cometidos desde 1979, mas as queixas só foram levadas em consideração 17 anos mais tarde, a partir de 1996.

Os abusos afetaram atletas de pelo menos 15 esportes e outros estudantes atendidos por Strauss no centro de saúde da universidade ou em sua clínica fora do campus.

De acordo com o relatório, os homens reclamavam que “Strauss realizava rotineiramente exames genitais excessivos e aparentemente desnecessários do ponto de vista médico, independentemente da condição médica que os estudantes-pacientes apresentavam”.

Os atos de abuso variaram desde tocar até o ponto de ereção ou ejaculação até os mais sutis, como pedir sob pretexto médico para os pacientes se despirem completamente, sem haver necessidade.

“Muitos dos estudantes sentiram que o comportamento de Strauss era um ‘segredo aberto’, acreditando que seus treinadores e outros profissionais médicos estavam totalmente cientes das atividades de Strauss, mesmo que poucos parecessem dispostos a fazer qualquer coisa para impedi-lo”, indica o relatório.

O presidente da universidade, Michael V. Drake, se desculpou através de uma mensagem para toda comunidade universitária “a cada um dos que sofreram os abusos de Strauss”.

“O fracasso de nossa instituição na época para evitar abusos foi inaceitável, assim como o esforço insuficiente para investigar exaustivamente as queixas feitas por alunos e funcionários”, indicou Drake.

Quando se matou, em 2005, Strauss havia sido afastado de suas funções como médico esportivo.

*Com EFE

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