EUA: Republicanos mantém maioria no Senado, mas democratas dominam Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2018 07h17
EFE Norte-americanos foram às urnas na terça-feira (6)

As eleições legislativas nos Estados Unidos devem terminar com os republicanos, partido de Donald Trump, mantendo o controle do Senado, enquanto os democratas retomaram maioria da Câmara de Representantes. É o que indica as projeções dos resultados nesta quarta-feira (7).

No Senado, 35 dos 100 assentos estavam em jogo, além de governadores de 36 dos 50 estados, mais três territórios. Os democratas, porém, conseguiram os 218 assentos necessários para serem maioria na Câmara.

Em sua conta no Twitter,  Donald Trump, definiu como “tremendo sucesso” as eleições legislativas. “Tremendo sucesso esta noite. Obrigado a todos”, escreveu na terça-feira (6). A manifestação, no entanto, ocorreu antes que as principais emissoras de televisão previssem que os democratas tinham arrebatado dos republicanos a maioria da Câmara.

Dificuldades

Com maioria na Câmara de Representantes, os democratas terão poder de obstrução, de negociação direta com o presidente e também condições políticas para investigar e protocolar pedidos, que nem sempre estão de acordo com os interesses da Casa Branca.

Também ficará mais difícil para Trump cumprir promessas da campanha presidencial de 2016, como o financiamento do muro fronteiriço na área que separa os Estados Unidos do México, por exemplo.

O presidente norte-americano terá de negociar mais com os deputados e aumentar a articulação política para dar andamento aos projetos considerados essenciais para sua administração até o Senado.

Participação

Pelos dados oficiais, as eleições tiveram número recorde de candidatas mulheres,imigrantes e muçulmanos, o que, para analistas, seria uma resposta da oposição contra o governo Trump.

Durante a campanha presidencial, Trump foi alvo de denúncias de abuso sexual e de ser favorável à política antimigratória, assim como de discriminação a muçulmanos. Para analistas, a eleição deste ano se revelou uma surpresa pela mobilização do eleitorado.

O analista político Carlo Barbieri disse à Agência Brasil que  a “onda azul”,  movimento pelo voto a favor do partido democrata, indicou uma reação interessante do eleitorado: campanha concentrada em questões sociais e políticas, não econômicas.

“Esta eleição teve um componente interessante, com a economia aquecida, e um aumento na geração de empregos, a maioria dos candidatos democratas evitou críticas duras sobre Trump. Ao invés disso, eles se concentraram em temas relacionados à saúde, à manutenção do Obamacare e em problemas que poderiam levar o eleitor a perder horas de trabalho para ir votar”, afirmou. “O seguro de saúde é algo que Trump ainda tem de resolver com a população.”

*Com informações da Agência EFE e Agência Brasil.

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