Ex-presidente da Coreia do Sul é condenado a 15 anos de prisão por corrupção

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2018 07h51
EFE Além da prisão, Lee terá de pagar uma multa de 13 bilhões de wons (cerca de US$ 11,5 milhões)

O ex-presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, foi condenado nesta sexta-feira por um tribunal de Seul a 15 anos de prisão, além de pagar uma multa de 13 bilhões de wons (cerca de US$ 11,5 milhões) por vários crimes de corrupção.

O Tribunal do Distrito Central de Seul decidiu hoje, em uma sessão televisionada, que Lee, que governou no país entre 2008 e 2013, é o proprietário de fato do fabricante de autopeças DAS, empresa liderada pelo irmão do ex-presidente e que concentra várias das acusações contra ele.

Por isso, a Justiça considerou que Lee, de 76 anos, orquestrou o desvio de ativos da companhia para fins pessoais e políticos.

A promotoria (que pedia um total de 20 anos de prisão por 16 crimes diferentes, incluindo suborno, abuso de poder e desvio de fundos) considerava provado que Lee tinha defraudado cerca de 35 bilhões de wons (US$ 30,9 milhões) para a empresa.

No entanto, os três juízes do tribunal só consideram provado que ele desviou 24 bilhões (US$ 21,2 milhões).

Por outro lado, o tribunal considerou Lee culpado por aceitar uma propina de US$ 5,85 milhões da Samsung para conseguir que o então mandatário perdoasse a pena de prisão contra o presidente do maior grupo empresarial sul-coreano, Lee kun-hee, por fraude fiscal.

Lee Myung-bak não esteve hoje presente na leitura do veredicto, em protesto pela decisão do tribunal de permitir que fosse transmitida ao vivo pela televisão, considerando se tratar de um caso de interesse geral.

Ele sempre defendeu sua inocência e insistiu em que todo o processo é uma manobra vingativa do atual presidente Moon Jae-in.

Trata-se do quarto ex-presidente sul-coreano condenado à prisão após Chun Doo-hwan – que liderou a última junta militar até 1987 – e os também conservadores Roh Tae-woo e Park Geun-hye, sucessora de Lee e deposta de seu cargo em 2017, por conta de seu envolvimento no escândalo de corrupção da “Rasputina”.

*Com informações da Agência EFE.

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