Facebook vai impedir vídeos ao vivo que induzam à violência e ao ódio

Decisão foi tomada depois do ataque na Nova Zelândia, que ocorreu em março e foi transmitido em ‘live’ na rede social

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2019 10h45 - Atualizado em 15/05/2019 17h50
Agência EFE Para isso, a empresa vai destinar US$ 7,5 milhões em tecnologia de análise de imagem e áudio

O Facebook anunciou novas medidas para impedir a divulgação de conteúdo que induz à violência e ao ódio. As medidas incluem o bloqueio da opção de transmissão de vídeos ao vivo para usuários que compartilham publicações deste tipo.

Para isso, a empresa vai destinar US$ 7,5 milhões em tecnologia de análise de imagem e áudio. Além disso, a rede social também planeja transferir o novo modelo de restrição para “outras áreas” nas próximas semanas. O Facebook impedirá, por exemplo, que os usuários que postam ou compartilhem conteúdo proibido, como a distribuição de imagens de exploração infantil, possam criar anúncios.

Até agora, a plataforma havia escolhido excluir apenas o conteúdo da plataforma e remover temporariamente ou bloquear páginas e contas que eram contra os regulamentos de uso.

A decisão do Facebook ocorre depois do ataque na Nova Zelândia, que ocorreu em 15 de março e matou 51 pessoas. Na ocasião, o agressor usou a ferramento do vídeo ao vivo para transmitir o ataque.

Naquele momento, o Facebook tentou impedir a divulgação do vídeo, removendo a conta dessa rede social e do Instagram do agressor depois que a polícia tomar conhecimento da transmissão ao vivo. No entanto, ela já havia sido compartilhada por milhares de usuários.

O Facebook já possui uma operação composta por 30 mil funcionários em várias partes do mundo, direcionada a partir de Dublin, para detectar e interceptar conteúdo que afeta a segurança da plataforma, além de publicações que podem ser perigosas para o mundo “offline”.

No entanto, justifica o novo item do orçamento com a necessidade de “investigar mais profundamente” novas técnicas para identificar imagens e vídeos editados ou manipulados e que podem ser compartilhados em diferentes formatos e por várias contas diferentes, como no caso de Christchurch.

*Com informações da Agência EFE

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