FMI reduz previsão de crescimento mundial para 3,3%

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2019 15h09
FMI Símbolo do FMI As tensões comerciais entre China e Estados Unidos e a baixa confiança empresarial influenciaram na queda do indicador

O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou novamente as projeções de crescimento do PIB global. A expansão para este ano prevista em janeiro era de 3,5%. Neste mês, caiu para 3,3%. A previsão para 2020 segue sem mudanças, em 3,6%.

As tensões comerciais entre China e Estados Unidos e o “declive da confiança empresarial” são os principais pontos de influência citados no relatório “Perspectivas Econômicas Globais”, publicado nesta terça-feira, 9.

“A expansão econômica global desacelerou na segunda metade de 2018. A atividade suavizou diante do aumento das tensões comerciais e das tarifas entre EUA e China, de um declive da confiança empresarial, do ajuste das condições financeiras e de maiores dúvidas políticas em muitas economias”, indicou o documento.

O rebaixamento ocorreu devido, principalmente, ao arrefecimento previsto nos EUA, que deve crescer neste ano 2,3%, dois décimos abaixo do previsto três meses atrás; e na zona do euro, que deve crescer 1,3%, três décimos a menos do que o calculado pelo FMI no primeiro mês do ano.

Sobre os EUA, o documento apontou uma “moderação” do investimento empresarial na segunda metade de 2018 à medida que os efeitos do agressivo incentivo fiscal do presidente Donald Trump se diluem.

Por isso, no que se refere à zona do euro, as previsões foram atingidas pela revisão em baixa da Alemanha (0,8% estimado para 2019) e da Itália (0,1% para este ano), em ambos os casos um rebaixamento de cinco décimos em relação a janeiro.

Na Ásia, a China prossegue com seu processo de paulatina moderação e está previsto que o país cresça 6,3% neste ano, sem mudanças a respeito do antecipado em janeiro.

A Índia seguirá à frente do crescimento global com taxas superiores a 7%, tanto neste ano como no próximo.

O relatório foi divulgado no começo da Assembleia do FMI e do Banco Mundial (BM), que reúne na capital americana os líderes econômicos mundiais dos 189 países-membros.

*Com EFE

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