Francisco pede que diálogo entre Islã e Cristianismo seja ‘fator decisivo para a paz no mundo atual’

  • Por Jovem Pan
  • 06/02/2019 21h22 - Atualizado em 06/02/2019 22h52
EFE Nos Emirados Árabes, Francisco se reuniu com o príncipe Mohammed bin Zayed al Nahyan

Durante audiência geral no Vaticano, realizada nesta quarta-feira (6), o papa Francisco pediu que o diálogo entre o Islã e o Cristianismo seja um “fator decisivo para a paz no mundo atual”. O pontífice fez viagem história aos Emirados Árabes nesta semana.

A visita de Francisco foi a primeira feita por um líder da Igreja Católica à Península Árabe. Há 800 anos, São Francisco de Assis – que não foi papa, mas inspirou o nome do atual pontífice – havia visitado o sultão al-Malik al-Kamil.

“Muitas vezes pensei em São Francisco durante essa viagem: ele me ajudou a conservar no coração o Evangelho, o amor de Jesus Cristo, enquanto eu vivia os vários momentos da visita; no meu coração estava a oração ao Pai por todos os filhos, especialmente pelos mais pobres, pelas vítimas da injustiça, da guerra, da miséria”, declarou.

“No meu coração estava a oração para que o diálogo entre Cristianismo e Islamismo seja um fator decisivo para a paz no mundo de hoje.” Durante a viagem, ele e o Grande Imã de Al-Azhar – líder religioso local – assinaram um documento sobre fraternidade humana.

“Afirmamos juntos a vocação comum de todos a serem irmãos como filhos e filhas de Deus, condenamos todas as formas de violência, especialmente aquela revestida de motivos religiosos, e nos comprometemos a difundir valores autênticos e a paz no mundo.”

Francisco ressaltou que atualmente existe uma “tentação em ver um choque entre civilizações cristãs e islâmicas” e que os dois quiseram “dar um sinal claro e decisivo” de que o respeito e o diálogo são possíveis, apesar da diversidade de culturas e tradições.

“É possível se encontrar, se respeitar e dialogar entre si, e que, apesar da diversidade de culturas e tradições, o mundo cristão e o mundo islâmico valorizam e protegem valores comuns: vida, família, sentido religioso, honra para idosos, educação de jovens e outros.”

*Com informações da EFE

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