Atropelamento em ato contra marcha supremacista branca nos EUA deixa 1 morto

  • Por Agência EFE
  • 12/08/2017 16h04 - Atualizado em 12/08/2017 21h07
EFE Virgínia declarou estado de emergência após confrontos na cidade

Um homem atropelou neste sábado um grupo de pessoas que protestava contra uma marcha de supremacistas brancos na cidade de Charlottesville, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, deixando um morto e 19 feridos.

A morte foi confirmada no Twitter pelo prefeito da cidade, Mike Signer, que disse estar “desolado” por uma vida ter sido perdida em Charlottesville. Na mensagem, ele pede que todas as “pessoas de bem” deixem a manifestação e voltem para suas casas.

O motorista que jogou o carro contra os manifestantes contrários à marcha supremacista branca já teria sido preso, disseram testemunhas citadas pela imprensa americana.

Fontes no Hospital da Universidade da Virgínia também confirmaram a morte de um manifestante e informaram que outras 19 estavam sendo atendidas após terem ficado feridas no atropelamento.

O governador da Virgínia, Terry McAuliffe, disse em uma coletiva de imprensa que três pessoas morreram, mas ele soube especificar onde elas ocorreram. Outras autoridades afirmaram que duas pessoas morreram quando um helicóptero caiu perto do local dos confrontos de sábado entre nacionalistas brancos e contraprotestantes.

Em um breve discurso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reprovou os “violentos fatos” ocorridos na cidade.

“Condenamos nos termos mais contundentes essa atroz mostra de fanatismo, racismo e violência por múltiplas partes. Múltiplas partes”, disse Trump, que está em um de seus campos de golfe em Bedminster, em Nova Jersey, para suas férias de verão.

O atropelamento ocorreu por volta das 13h locais (14h em Brasília) pouco depois de o governador da Virgínia, Terry McAuliffe, ter declarado estado de emergência na cidade por causa dos confrontos entre os supremacistas e opositores.

A polêmica marcha “Unite the Right” (Unir a Direita) foi organizada como protesto pela retirada de uma estátua em homenagem ao general confederado Robert E. Lee, que liderou as forças sulistas durante a Guerra Civil dos EUA.

Manifestantes e opositores já tinham entrado em confronto ontem por causa da medida.

A manifestação foi classificada como o “maior encontro de ódio de raça em décadas”, segundo Southern Poverty Law Center, que investiga pessoas que fomentam a violência racial.

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