Hong Kong: sob chuva, manifestantes pró-democracia voltam a protestar

  • Por Jovem Pan
  • 18/08/2019 11h17
EFE Centenas de pessoas participaram de uma manifestação de resistência organizada por funcionários públicos em Hong Kong Sob chuva forte, milhares de manifestantes carregando guarda-chuvas marcharam neste domingo de um parque lotado e encheram uma importante estrada em Hong Kong, em mais um fim de semana de manifestações pró-democracia

Sob chuva forte, milhares de manifestantes carregando guarda-chuvas marcharam neste domingo de um parque lotado e encheram uma importante estrada em Hong Kong, em mais um fim de semana de manifestações pró-democracia. Organizadores disseram esperar que o protesto seja pacífico. O movimento que já dura meses foi marcado por violentos confrontos com a polícia. “Esperamos que não haja situações caóticas hoje”, disse a organizadora Bonnie Leung. “Esperamos poder mostrar ao mundo que o povo de Hong Kong pode ser totalmente pacífico.”

O grupo de Leung, a Frente Civil de Direitos Humanos, organizou três grandes passeatas em Hong Kong desde junho. O movimento de protesto, no entanto, tem sido cada vez mais marcado por confrontos com a polícia, enquanto os manifestantes expressam suas frustrações sobre o que consideram ser a recusa flagrante do governo em responder às suas exigências. “A paz é hoje a prioridade número 1”, disse Kiki Ma, uma contadora de 28 anos que participa da passeata. “Queremos mostrar que não somos como o governo.”

Embora a polícia tenha concedido autorização para o protesto, ela não havia aprovado a passeata. Manifestantes, no entanto, se espalharam e encheram as ruas, já que não havia espaço suficiente na área designada. Os trens de transporte público não pararam nas estações perto do local da manifestação por causa da superlotação.

Ex-colônia britânica, Hong Kong foi devolvida a Pequim em 1997, sob o arcabouço de “um país, dois sistemas”, que prometia aos moradores certos direitos democráticos não concedidos a pessoas na China continental. Mas alguns moradores de Hong Kong acusaram o governo central de erosão de suas liberdades nos últimos anos. As reivindicações do movimento de protesto incluem a renúncia da chefe do governo, Carrie Lam, eleições democráticas e uma investigação independente sobre o uso da força policial.

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