Irã vai ignorar sanções dos EUA e continuará a vender petróleo

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2018 10h01
Agência EFE Importância do petróleo iraniano forçou EUA a abrir exceções

Apesar dos esforços do presidente estadunidense Donald Trump em barrar programas nucleares e de mísseis iranianos, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse ao vivo em canal de televisão estatal que o país vai ignorar as sanções dos EUA.

As sanções representam uma quebra no acordo histórico assinado entre o presidente estadunidense anterior, Barack Obama, e o Irã. Logo que chegou a Casa Branca, Trump afirmou que romperia com o acordo e iniciou campanha contra o país do Oriente Médio. As sanções entram em vigor nesta segunda-feira (5) e podem aprofundar a crise no país que apresenta inflação na casa dos 30%, alto índice de desemprego e está às portas de uma forte recessão econômica. A investida estadunidense atua em duas frentes: petrolífera e bancária.

Em seu pronunciamento, Rouhani disse que o país “romperá orgulhosamente” as sanções que classificou como “injustas, contra a lei, as resoluções da ONU e os acordos internacionais”. De acordo com o previsto pelo castigo estadunidense, somente oito países ficam permitidos de comprar petróleo do Irã, entre eles devem constar a Coreia do Sul, China, Índia, Japão, Turquia, todos personagens de longa data na compra do petróleo iraniano.

Para Rouhani, o petróleo iraniano mostrou sua força ao obrigar Donald Trump a abrir exceções para que alguns países possam comprar barris sem risco de multas ou exclusão do sistema financeiro estadunidense. “A República Islâmica pode vender seu petróleo, e mesmo que esses oito países não fossem isentos, nós ainda poderíamos vender nosso petróleo […] Isso não é sucesso?”, concluiu.

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