Maior serial killer alemão desde a guerra, enfermeiro confessa 100 mortes em hospitais: ‘Foi o estresse’

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2018 15h57 - Atualizado em 30/10/2018 16h03
Reprodução/Twitter Segundo presos, Niels Högel "se gaba" pelos assassinatos

Maior assassino em série da história da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial, o ex-enfermeiro Niels Högel confessou nesta terça-feira (30) ter matado quase 100 pacientes. O alemão já havia sido condenado à prisão perpétua por dois assassinatos e três tentativas.

Em novo julgamento, o homem de 41 anos disse que as acusações feitas pela promotoria eram verdadeiras. “Sim” e “aconteceu” foram suas afirmações diretas durante audiência. No início da sessão, os presentes fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas.

Högel foi denunciado após a apuração de 64 mortes na cidade de Delmenhorst e 36 em Oldenburg, todas ocorridas entre 2000 e 2005 em hospitais. Segundo investigadores, o número de vítimas do alemão pode ser maior que 200, mas não é possível provar, porque muitas foram cremadas.

O neto de uma das vítimas falou a uma agência de notícias que os assassinatos deveriam ter sido notados pela polícia ou por colegas do então enfermeiro. “Todos os elementos estavam lá. Não era preciso ser um Sherlock Holmes”, disse Christian Marbach. O primeiro crime foi descoberto em 2005.

Ao justificar os crimes, Niels Högel disse que usava analgésicos para lidar com a pressão de trabalhar em uma unidade de terapia intensiva. “Foi o estresse. Com as drogas, parecia mais fácil.” Para matar, ele injetava drogas para causar paradas cardíacas.

A promotoria declarou que a motivação dos crimes poderia ser “tédio”, além de “desejo de brilhar” na frente dos colegas. Exame psiquiátrico revelou que ele teria “distúrbios narcísicos”. Högel não expressa remorso e, segundo outros presos, se gaba por ser o maior criminoso desde a guerra.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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