May anuncia que pedirá nova prorrogação para Brexit

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2019 15h50
EFE Na segunda-feira, 1º, o Parlamento britânico rejeitou quatro alternativas ao acordo proposto pela primeira-ministra

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou nesta terça-feira, 2, que pedirá um novo adiamento para o Brexit, para depois de 12 de abril, mas que seja “o mais breve possível”. A decisão é uma tentativa de conseguir mais tempo para elaborar com a oposição uma via de saída da União Europeia (UE) que conte com um apoio majoritário.

Na segunda-feira, 1º, o Parlamento britânico rejeitou quatro alternativas ao acordo proposto pela primeira-ministra Theresa May.

O negociador da UE que agora o mais provável é uma saída sem acordo.

May falou com a imprensa em frente à sua residência de Downing Street. “Sempre deixei claro que uma ruptura sem acordo poderia se transformar em um sucesso de longo prazo, mas a melhor solução é fazê-lo com um acordo. Portanto, vamos precisar de uma nova extensão do artigo 50 (do Tratado de Lisboa)”, disse a chefe de governo.

O Reino Unido deixará o bloco comunitário de maneira não negociada dentro de dez dias se não chegar a um acordo ou se Bruxelas não lhe conceder um novo adiamento.

May ressaltou que o prazo prorrogado terminará quando o parlamento ratificar um tratado de saída, o que deve acontecer antes do dia 22 maio para que o Reino Unido não seja obrigado a participar das próximas eleições europeias.

A premiê ofereceu ao líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, a elaboração de um plano conjunto que possa conseguir maioria na Câmara dos Comuns.

Se esse projeto não prosperar, o governo proporá então aos deputados que votem sobre uma série de opções alternativas, que por enquanto não foram reveladas.

“O governo está preparado para obedecer à decisão da Câmara”, destacou May.

“Podemos e devemos encontrar um compromisso que consiga respeitar o que os britânicos votaram (em junho de 2016). Estamos em um momento decisivo na história, que requer união nacional”, acrescentou.

A primeira-ministra especificou que o acordo de saída selado em novembro do ano passado com os demais líderes comunitários não pode ser reaberto, e que as modificações que o parlamento poderia respaldar constarão no documento não vinculativo que o acompanha.

Nesse texto estão as futuras regras bilaterais que Londres e Bruxelas esperam estabelecer, razão pela qual poderiam ser negociadas mudanças que incluíssem uma união aduaneira ou um maior acesso ao mercado único.

O parlamento, no entanto, rejeitou essas opções quando foram submetidas à votação.

*Com EFE

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