Ministro saudita diz que morte de jornalista foi ‘erro terrível’

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2018 15h24
Reprodução/Facebook O jornalista Jamal Khashoggi foi morto no consulado da Arábia Saudita na Turquia

O Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel bin Ahmed Al-Jubeir, classificou a morte do jornalista Jamal Khashoggi como um ‘erro terrível’. Em entrevista ao canal americano Fox News, Al-Jubeir explicou o que o governo saudita sabe sobre o crime até agora.

“Isso foi um erro terrível. Isso é uma tragédia terrível. Nossas condolências para eles. Sentimos a dor deles”, disse Al-Jubeir sobre a morte de Khashoggi. “Infelizmente, um erro sério enorme foi feito e eu garanto a eles que os responsáveis serão punidos por isso.”

O ministro reforçou que o príncipe Mohammed bin Salman não tem nada a ver com o caso. “Não havia nenhuma pessoa ligada diretamente a ele. Foi uma operação desonesta”, afirmou. Após a morte do jornalista, 18 pessoas foram detidas por suspeita de participar na ação. Todas ainda permanecem presas.

O governo saudita ainda não sabe como Khashoggi foi morto. Oficialmente, os sauditas afirmam que ele morreu em uma briga no consulado do país na Turquia, mas a comunidade internacional não comprou a versão oficial. “Não sabemos em detalhes como isso aconteceu. Não sabemos onde o corpo está”, confessou o ministro. “Estamos determinados a punir os responsáveis por esse assassinato”, garantiu.

Entenda

O jornalista saudita Jamal Khashoggi trabalhava há um ano no jornal americano “The Washington Post” e suas colunas eram recheadas de criticas ao governo saudita e ao príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman. O jornalista estava desaparecido desde o dia 02 de outubro. A última vez que foi visto foi por câmeras de segurança entrando no consulado de seu país em Istambul. Ele precisava de um documento para se casar com a sua noiva turca, Hatice Cengiz que o esperava do lado de fora.

O caso gerou uma grande repercussão depois que o jornal turco “Yeni Safak” publicou gravações feitas no interior do consulado. De acordo com a reportagem, o jornalista teria sido torturado e decapitado por sete minutos e o corpo teria sido desmembrado enquanto ele ainda estava vivo.

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