Polícia da Nova Zelândia diz que apenas uma pessoa cometeu ataques a mesquistas

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2019 09h51
Agência EFE Ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia deixaram 50 mortos e 50 feridos na última sexta-feira (15)

A polícia da Nova Zelândia afirmou nesta segunda-feira (18) que apenas uma pessoa cometeu o atentado contra duas mesquistas em Christchurch, na última sexta-feira (15). O ataque matou 50 pessoas e deixou outras 50 feridas.

“Acreditamos que só há um agressor responsável por este horrendo evento”, disse o chefe da Polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, em entrevista coletiva em Wellington, nesta segunda.

Segundo Bush, cerca de 250 especialistas, apoiados pelo FBI americano e pelas autoridades australianas, colaboram nas pesquisas sobre o massacre. “Fizemos uma investigação vasta e completa e chegaremos a cada canto para nos assegurar de que não existam mais ameaças”, disse o chefe da polícia neozelandesa.

Ele lembrou que o alerta de segurança está mantido no nível “alto”, para o qual foi elevado após o atentado supremacista. Bush também garantiu que a presença policial será mantida em todo o país para que a população se sinta segura e protegida.

Quatro pessoas (sendo três homens e uma mulher) chegaram a ser detidas, conforme informou o chefe da Polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, na ocasião.

Brenton Harrison Tarrant, de 28 anos, foi apontado como principal suspeito. No sábado, ele foi levado para audiência e acusado formalmente por homicídio.

Algemado, descalço e acompanhado por dois policiais, ele permaneceu em silêncio durante toda a audiência, que não foi aberta ao público, mas olhou diversas vezes para os poucos jornalistas que receberam autorização para acompanhar o procedimento, e sorriu ao ser fotografado e filmado.

O massacre

Um homem vestido de preto foi visto entrando na Masjid Al Noor por volta das 13h45 (horário local). Logo depois, várias rajadas de tiros foram ouvidas. Muitas pessoas correram para fora do local.

Um dos tiroteios foi transmitido ao vivo através das redes sociais pelo agressor, que aparece em trajes militares dentro da mesquita disparando à queima-roupa em várias pessoas com uma arma automática.

Nas redes sociais também circula um manifesto dos agressores, que incluiria qualificações pejorativas contra os muçulmanos. As autoridades da Nova Zelândia pedem que as imagens não sejam repassadas pelas pessoas e nem divulgadas pela imprensa.

Mudanças na lei de armas

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, anunciou nesta segunda-feira (18) que pretende fazer mudanças na lei de armas do país, após o atentado em Christchurch. Segundo ela, há muitos neozelandeses que questionam a disponibilidade de armas semiautomáticas, como a que foi usada no crime cometido na última sexta-feira.

Ela, no entanto, evitou dizer se a reforma incluirá, tal como se esperava que anunciasse, a proibição desse tipo de armas. “Há detalhes que é preciso olhar. Não se trata só de certos pontos da lei. É simplesmente por isto que levaremos um tempo, para que saia bem”, justificou ela.

*Com informações da Agência EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.