Relatório aponta 512 mortes em ataque com caminhão-bomba na Somália em outubro

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/12/2017 15h56
EFE/EPA/SAID YUSUF WARSAME Homem corre em frente ao Safari Hotel, em Mogadíscio, capital da Somália, onde pessoas morreram após explosão de caminhão-bomba em 14 de outubro

O número final de mortes no ataque com caminhão-bomba em outubro na capital da Somália é de 512, de acordo com o comitê encarregado de examinar o atentado. O número representa um aumento dramático ante estimativas anteriores, que contabilizavam mais de 350 mortos. O relatório do comitê, obtido pela Associated Press, diz que outras 312 pessoas ficaram feridas e 62 continuam desaparecidas.

O governo da Somália culpou o grupo extremista Al-Shabab, ligado a Al-Qaeda, pelo ataque de 14 de outubro, que atingiu uma rua lotada. Autoridades de segurança disseram que a bomba pesava entre 600 e 800 quilos. Milhares de somalis marcharam na sequência do atentado, desafiando o grupo extremista, enquanto o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo, anunciou uma nova ofensiva militar contra o grupo.

Oficiais da inteligência somali disseram que a bomba deveria atingir a área do aeroporto de Mogadiscio, onde vários países têm embaixadas, mas foi detonada na rua lotada depois que soldados abriram fogo e furaram um dos pneus do caminhão.

O grupo extremista islâmico, o mais mortal da África, foi alvo deste ano de cerca de 30 ataques com drones militares dos EUA depois que o governo Trump aprovou o aumento das operações contra ele. Os EUA já possuem mais de 500 militares na Somália. Fonte: Associated Press.

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