Rouhani pede união dos países muçulmanos para impor sanções a Israel

  • Por Agência EFE
  • 18/05/2018 16h55 - Atualizado em 18/05/2018 16h56
EFE/ALBA VIGARAY EFE/ALBA VIGARAY "Se todos nos uníssemos e repetíssemos uma mensagem de união, eles se atreveriam a atacar?", questionou Rouhani

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, pediu nesta sexta-feira (18) em Istambul, para que todos os países islâmicos se unam e adotem medidas políticas, econômicas e comerciais contra Israel.

Em discurso durante a cúpula da Organização pela Cooperação Islâmica (OIC) realizada na cidade turca, Rouhani enumerou uma série de propostas, como a criação de um grupo de trabalho para propor soluções para o conflito palestino, e a adoção de “medidas políticas, econômicas e comerciais” contra Israel, mas sem especificar a sua natureza.

“Se todos nos uníssemos e repetíssemos uma mensagem de união, eles se atreveriam a atacar?”, questionou Rouhani, após denunciar o massacre de 62 manifestantes palestinos em Gaza pelo Exército israelense na segunda-feira passada.

“Alguns países ocidentais justificam a agressão do ocupante. Os Estados Unidos transferiram a embaixada (de Tel Aviv para Jerusalém) e assim deu sinal verde para que o regime sionista cometa mais assassinatos”, disse o presidente iraniano.

“A Casa Branca não teme destruir o consenso. O presidente americano (Donald Trump) desferiu outro golpe ao sair do acordo nuclear (estabelecido em 2015 entre vários países e o Irã), um acordo validado pelas Nações Unidas. Isso mostra o nível de perigo e ameaça que o governo americano impõe à paz e à segurança global”, disse Rouhani.

A cúpula da OIC, organização formada por 57 países de maioria muçulmana, foi convocada como reação aos acontecimentos da segunda-feira passada, quando 60 palestinos morreram e mais de dois mil ficaram feridos por tiros do Exército israelense durante protestos ao longo da cerca de separação entre a Faixa de Gaza e Israel.

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