Senador dos EUA quer defender investigação sobre interferência Russa nas Eleições de 2016

  • Por Jovem Pan
  • 09/11/2018 14h42
Gage Skidmore - Wikimedia Commons Trump tem buscado minar as investigações e já declarou que poderia demitir todos os envolvidos, mas que isso seria "politicamente ruim"

O senador republicano do Arizona, Jeff Flake, deve se unir ao democrata Delaware Chris Coons contra interesses do presidente Donald Trump quando o Senado reabrir na próxima semana. Flake e Coons vão apertar o cerco no plenário para que o projeto que “blinda” as investigações de interferência da Rússia nas eleições que levaram Trump à Casa Branca não seja descontinuada.

A promessa de Flake surge apenas dois dias depois que o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, pediu demissão do cargo por ter se declarado impedido de supervisionar as apurações do Conselho Especial, lideradas pelo conselheiro Robert Mueller.

Trump tem buscado minar a investigação de Mueller e a demissão de Sessions preocupou aqueles que desejam manter a investigação. Para substituir interinamente Sessions na procuradoria-geral, Trump designou o chefe de gabinete do órgão, Matthew Whitaker, ao invés do vice-procurador-geral, Rod Rosenstein, que deveria ser o próximo na linha de sucessão do cargo.

Whitaker já se mostrou contrário ao andamento das investigações e na forma como Mueller tem conduzido o caso. Para Flake, é essencial que se blinde o conselheiro. O senador também elogiou o ex-procurador-geral, “[Ele] fez a coisa certa ao se declarar impedido há quase dois anos. Ele pagou um preço pesado pela sua independência desde então. Devemos a ele uma dívida de gratidão”, disse.

Na última quarta-feira (7), o presidente Donald Trump chegou a engrossar o discurso e disparou: “poderia demitir todos”, disse em referência aos que participam da investigação. Trump explicou, então, porque não faria isso, “Politicamente, seria ruim”.

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