Sri Lanka: Estado Islâmico ou Al Qaeda podem ser responsáveis por ataques

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2019 16h39 - Atualizado em 22/04/2019 16h51
EFE "Há uma rede internacional sem a qual esses ataques não teriam tido êxito", declarou o ministro da Saúde do país, Rajitha Senaratne

Autoridades do governo do Sri Lanka disseram nesta segunda-feira, 22, que as explosões coordenadas em igrejas e hotéis pelo país no domingo de Páscoa tiveram como responsável o National Thowheeth Jama’ath, grupo islamista local, não muito conhecido. Mas não descartaram a participação de grupos extremistas internacionais. Centros de estudos em terrorismo no país acreditam que a ajuda pode ter vindo de grupos como Al Qaeda ou Estado Islâmico.

O ministro da Saúde do país, Rajitha Senaratne, condenou o grupo numa coletiva de imprensa em Colombo, capital do país. “Há uma rede internacional sem a qual esses ataques não teriam tido êxito”, declarou.

Segundo o The New York Times, uma análise forense de restos humanos determinou que sete homens-bomba foram responsáveis pelos ataques. A maioria sozinhos, mas o Shangri-La Hotel, em Colombo, foi atacado por duas pessoas. Explosões numa pousada ainda estão sob investigação.

Em entrevistas, especialistas em terrorismo disseram que plano tão detalhadamente planejado e coordenado teria requerido considerável financiamento e expertise de um grupo mais experiente de fora do país.

“A seleção de alvos e o tipo de ataque me faz ser muito cético em relação a atuação apenas de um grupo local sem envolvimento externo”, disse Amarnath Amarasingam, um especialista em extremismo no Instituto Estratégico de Diálogo.

“Não há motivo para grupos extremistas locais atacar igreja, e motivos ainda menores para atacar turistas”, acrescentou. Amarasingam

Sri Lanka, uma ilha nação no in Oceano Índico, sofreu por décadas com uma guerra civil que terminou em 2009, mas tem uma pequena história de militância islâmica violenta. of. Homens-bomba foram pioneiros, tendo começado em 1980 e levado a cabo por guerrilhas da Tamil, uma etnia que é minoria no país. Seus membros eram principalmente hindu, não muçulmanos.

Anne Speckhard, diretora do Centro Internacional de Violência Extremista, contrastou os ataques guerrilhas Tammil com os atribuídos ao National Thowheeth Jama’ath. Diferentemente das explosões do domingo, disse, aqueles durante a guerra civil eram parte de um movimento separatista nacionalista ou étnico, e normalmente não tinham alvos religiosos.

“Esses ataques parecem ser bem diferentes”, disse, “como se viessem diretamente do ISIS, Al Qaeda, dos militantes jihadistas globais, já que eles fomentam atacar religões a partir de ataques a igrejas em grandes feriados religiosos.

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