Doações para reconstrução de Notre-Dame geram polêmica na França

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2019 20h24 - Atualizado em 18/04/2019 20h44
YOAN VALAT/EFE YOAN VALAT/EFE Medida foi sugerida por assessor de dono da Gucci

As doações milionárias feitas por empresas para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, que foi parcialmente destruída por um incêndio na última segunda-feira, 18, está gerando polêmica. O assessor de uma das famílias mais ricas da França, os Pinault, donos de marcas como Gucci Yves St. Laurent, sugeriu, pelo Twitter, que as empresas que estão doando dinheiro para a causa deveriam ter uma dedução fiscal maior do que os 66% que normalmente recebem.

Não demorou muito para que críticos e figuras da esquerda se manifestassem em relação à proposta. Eles argumentam que o dinheiro usado para reerguer a Notre-Dame poderia ser usado em programas sociais para diminuir a desigualdade, que cresce no país. Segundo o jornal The New York Times, o funcionário dos Pinault foi a uma rádio nacional para se explicar e dizer que não pediria a dedução.

As empresas que estão anunciando doações para a Notre-Dame são as maiores e mais ricas da França. A polêmica acontece num momento em que Emmanuel Macron está pressionado a ceder às reivindicações dos coletes amarelos, entre elas a redução de impostos.

Há dez dias, o presidente anunciou um pacote de medidas de redução de impostos que será detalhado em meados deste mês.

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