Tribunal rejeita recurso e decide que Sarkozy irá a julgamento por financiamento ilícito de campanha

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2018 11h43
CHRISTOPHE KARABA/EFE Foto: CHRISTOPHE KARABA/EFE Segundo os promotores, Sarkozy gastou quase 43 milhões de euros na campanha para a sua reeleição por meio de sistema de falsificação de notas fiscais

Um tribunal da França rejeitou nesta quinta-feira (25) um recurso apresentado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, com o qual esperava evitar um julgamento por financiamento ilícito de campanha em 2012.

O ex-presidente francês entre os anos de 2007 e 2012, apelará da decisão junto a Corte de Cassação, a última instância na França, segundo a agência de notícias AFP.

O tribunal de apelações de Paris confirmou nesta quarta (24) a decisão determinada por um juiz no ano passado de que Sarkozy deve ir a julgamento por superar o limite de gastos eleitorais na campanha à Presidência francesa em 2012. Na ocasião, ele foi derrotado por François Hollande.

Segundo os promotores, Sarkozy gastou quase 43 milhões de euros na campanha para a sua reeleição por meio de sistema de falsificação de notas fiscais. O limite legal é de 22,5 milhões de euros.

O ex-presidente ainda é acusado de ignorar as advertências sobre o risco de que seu partido poderia ultrapassar o limite legal dos gastos. Sarkozy nega.

Conhecido como Bygmalion, nome da agência de comunicação que emitiu as notas falsas, o caso foi revelado em 2014. Executivos da agência e o ex-vice-diretor da campanha do ex-presidente à reeleição admitiram que havia fraude.

Também terão que prestar contas à Justiça por falsificação, raude ou cumplicidade, abuso de confiança e ocultação os ex-dirigentes de seu partido, diretores de campanha e executivos da agência de comunicação. Estas acusações, entretanto, não foram confirmadas contra Sarkozy.

O juiz alega que Sarkozy se beneficiou das fraudes para dispor de importantes recursos de campanha. Porém, ele ressaltou que a investigação não estabeleceu que o ex-presidente ordenou ou foi informado sobre tais práticas.

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