Trump ameaça Arábia Saudita com ‘punição severa’ por jornalista desaparecido

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2018 13h59 - Atualizado em 13/10/2018 14h01
EFE "Vamos chegar ao fundo do assunto e haverá uma punição severa", afirmou Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou neste sábado que haverá uma “severa punição” caso fique provado que a Arábia Saudita está por trás do desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

“Vamos chegar ao fundo do assunto e haverá uma punição severa”, afirmou Trump no trecho de uma entrevista à emissora “CBS” que será exibida no domingo.

Nessa entrevista, o governante considera que a Arábia Saudita pode ser responsável pelo desaparecimento de Khashoggi, colunista do jornal “The Washington Post”.

“Está sendo investigado, está sendo analisado com muito esforço. Se for isso mesmo, ficaremos muito irritados. Por enquanto, eles o negam veementemente. Podem ser eles? Sim”, declarou.

Trump disse à emissora “CBS” que seu genro, Jared Kushner, conversou nesta semana sobre o assunto com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que negou qualquer responsabilidade.

“Eles negam. Negam de qualquer forma que você possa imaginar. Mas, em um futuro não muito distante, acredito que teremos uma reposta”, disse sem dar mais detalhes sobre o rumo da investigação ou suas conversas com a Arábia Saudita, um tradicional aliado dos EUA no Oriente Médio.

O presidente, muito crítico em relação à imprensa americana, considerou que o assunto é especialmente grave porque se trata de um jornalista.

“Talvez porque era um repórter, acho que por isso há muito em jogo aqui. É algo que vai surpreender quando eu disser, mas há algo muito terrível e asqueroso sobre isso, se esse for o caso. Vamos ter que ver”, afirmou.

Khashoggi foi visto pela última vez com vida no dia 2 deste mês, quando entrou no consulado saudita em Istambul para buscar documentos que precisava para poder se casar com a namorada turca, que ficou esperando fora do edifício.

O jornalista, antes próximo à monarquia saudita, se distanciou dela ultimamente, quando o atual príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, ascendeu a posições de poder.

Segundo o jornal americano “The Washington Post”, o governo turco teria informado às autoridades dos EUA que possuía gravações de vídeo e áudio que provariam que o jornalista foi assassinado no consulado.

*Com informações da Agência EFE.

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