Trump ‘mantém a porta aberta’ para negociar com o Irã, diz Bolton
Estados Unidos anunciaram novas sanções contra o país nesta segunda-feira (24)
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou nesta terça-feira (25) que, embora o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha anunciado novas sanções contra o Irã, o republicano “mantém a porta aberta” para negociar com o país.
A fala ocorreu em uma entrevista coletiva atípica. Bolton estava acompanhado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, do secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, além de Meir Ben-Shabbat, chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel.
Segundo Bolton, essas novas negociações nucleares, devem “encerrar de forma verificável e completa o programa de armas nucleares iraniano, o desenvolvimento de sistemas de lançamento de mísseis balísticos, seu apoio ao terrorismo internacional”. “Tudo o que o Irã tem a fazer é entrar por aquela porta”, afirmou.
Bolton reconheceu que o Oriente Médio está “em um momento crítico”. De acordo com ele, o “regime radical no Irã e seus parceiros terroristas realizam mais rodadas de provocações violentas fora, enquanto sua está em colapso e a corrupção se espalha nos níveis mais altos”.
“O Irã é uma fonte de beligerância e agressividade, que apoia o terrorista Hezbollah no Líbano, ajuda ao regime de Al Assad na Síria, arma e equipa milícias xiitas no Iraque, arma os houthis no Iêmen, apoia atividades terroristas contra as forças americanas no Afeganistão e ameaça o fornecimento de petróleo mundial na região”, denunciou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.
John Bolton condenou as provocações do Irã, que incluem ataques e ameaças a ativos americanos no Oriente Médio. Na opinião dele, elas são a manifestação externa da principal ameaça que representa Teerã: “a sua contínua tentativa de desenvolver armas nucleares”.
O conselheiro lembrou que “em alguns dias, talvez até o final da semana, o Irã ameaça superar os principais limites impostos pelo acordo nuclear inadequado”.
Nos próximos dias, Bolton tratará com os secretários russo e israelense sobre estas questões, além da Síria, “o conflito na Ucrânia, acordos de controle de armas e a crise na Venezuela”, informou a embaixada americana em Israel.
O primeiro-ministro israelense falou de forma dura com o regime dos aiatolás, e reiterou que seu país “atuou centenas de vezes para impedir que o Irã se entrincheire militarmente na Síria” enquanto “chama ativamente” a destruição de seu país.
“Vamos continuar impedindo que o Irã utilize o território vizinho para nos atacar”, reiterou Netanyahu.
Ele também pediu que deixem a Síria “todas as forças estrangeiras que entraram depois de 2011”, algo que seria “bom para a Rússia, bom para os Estados Unidos, bom para Israel e bom para a Síria”.
*Com informações da Agência EFE
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