Veneno usado contra Skripal era “de alta pureza e persistente”, diz OPAQ

  • Por Agência EFE
  • 04/05/2018 13h11 - Atualizado em 04/05/2018 13h14
Montagem/Moscow District Military Court e Reprodução ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram envenenados perto de um shopping de Salisbury, no Reino Unido

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) garantiu nesta sexta-feira que o veneno usado contra o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha na cidade britânica de Salisbury era “de alta pureza, persistente e resistente às condições meteorológicas”.

Em comunicado, a OPAQ especifica que o veneno utilizado em 4 de março pode ser “contado em miligramas”, embora informou que esta organização “não poderia estimar ou determinar” a quantia exata de substância química.

No mês passado, a OPAQ, com sede em Haia, elaborou um relatório com suas considerações, após enviar uma equipe de especialistas a Salisbury para coletar amostras e analisá-las nos laboratórios desta organização, e confirmou a teoria britânica de que a substância usada nesse envenenamento é de origem russa.

O ex-espião e sua filha foram encontrados inconscientes perto de um shopping de Salisbury em 4 de março após serem intoxicados com um agente nervoso do tipo “Novichok”, de fabricação militar, segundo as autoridades britânicas, que apontaram a Rússia como o “único” país com “os meios técnicos, a experiência operacional e motivos” para envenenar Skripal.

O Governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, expulsou 23 diplomatas russos como represália pelo ocorrido, enquanto Moscou deu a mesma em resposta.

Pouco depois, 14 países da União Europeia (UE), assim como Estados Unidos, Canadá e Ucrânia, decidiram expulsar diplomatas russos em solidariedade com o Reino Unido.

Segundo a nota da OPAQ, ao redor de 96% de todas as armas químicas declaradas pelos Estados possuidores destas substâncias foram destruídas com a verificação desta agência.

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