Mursi é condenado à morte por fugir da prisão durante revolução de 2011

  • Por Agência EFE
  • 16/05/2015 07h21
DIVULGAÇÃO Presidente do Egito

O ex-presidente do Egito, Mohammed Mursi, foi condenado à morte neste sábado (16), de forma provisória, pelo caso da fuga de uma prisão durante a revolução de 2011, que derrubou o então líder Hosni Mubarak, informou à Agência Efe uma fonte judicial.

A fonte acrescentou que, como é habitual no Egito, a decisão será remitida ao mufti, máxima autoridade religiosa do país, que emitirá um parecer não vinculativo, antes que o tribunal pronuncie a decisão definitiva no dia 2 de junho.

Neste mesmo dia, o Tribunal Penal do Cairo também ditará sua sentença contra Mursi no caso de espionagem e colaboração com o movimento palestino Hamas, no qual também é acusado, acrescentou a fonte.

No caso de espionagem, hoje foram condenados à morte, também de forma provisória, o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, o “número dois” do grupo, Jairat al Shater e seu filho, assim como o membro de seu executivo Mohammed Beltagui.

Também foram sentenciados à execução por espionagem o presidente do braço político da Irmandade, Saad Katatni, o vice, Esam al Erian, e o famoso pregador islamita Yousef al-Qaradawi, que foi julgado à revelia.

Mursi foi condenado à morte, junto a outros 105 membros da Irmandade Muçulmana, por sua fuga da prisão de Wadi Natrun durante a revolução de 2011, graças a uma suposta ajuda de combatentes do Hamas e da organização libanesa xiita Hezbollah.

O ex-líder, que ainda diz ser o “presidente legítimo” do Egito, foi deposto em 3 de julho de 2013 em um golpe militar liderado pelo então chefe do exército e atual presidente, Abdul Fatah al Sisi, após vários dias de grandes protestos.

Desde a queda de Mursi, as autoridades perseguiram os simpatizantes, integrantes e líderes da Irmandade Muçulmana, considerados grupo terrorista.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.