Nutricionista não explica sumiço de documento que comprovaria superfaturamento

  • Por Agência Brasil
  • 11/10/2016 13h14

Nutricionista Dione Moraes Pavan depõe na CPI da Merenda RENATO S. CERQUEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO AE - Nutricionista Dione Moraes Pavan depõe na CPI da Merenda

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Merenda, instaurada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ouviu nesta terça-feira (11) Dione Moraes Pavan, membro da Comissão de Credenciamento do Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno da Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares.

A CPI tem como meta apurar e investigar o fornecimento de merenda escolar em escolas estaduais e contratos firmados por empresas e cooperativas de agricultura familiar com o governo do estado e municípios.

Dione, que é nutricionista, disse que era responsável por analisar a qualidade dos produtos e que outro setor analisava os preços. Ela foi questionada principalmente sobre o desaparecimento de um documento de reequilíbrio fiscal que comprovava o superfaturamento dos preços.

Desaparecimento de documento

“Eu vi esse documento e questionei o encaminhamento correto porque julguei que não era de responsabilidade do departamento. Ele sumiu da minha mesa, mas não sei quem pegou porque a sala é aberta e trabalham ali pelo menos 20 pessoas”, explicou.

Dione negou conhecer assessores e políticos acusados de envolvimento com a chamada Máfia da Merenda. Atualmente, ela trabalha na Secretaria de Educação como técnica administrativa. Ela foi exonerada do cargo de coordenação que exercia no departamento acusado de envolvimento na fraude.

Agora, a CPI ouve Marcel Ferreira Júlio, apontado como operador da Máfia da Merenda. A audiência transcorre a portas fechadas, em sessão secreta, a pedido do próprio depoente.

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