Obama diz que autor de ataque em Orlando aparentemente não recebeu apoio externo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/06/2016 14h52
EFE Barack Obama em reunião com assessores de segurança após ataque em Orlando - EFE

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o autor do ataque a tiros em uma boate de Orlando que deixou 49 mortos se radicalizou sozinho e não parece ter recebido auxílio externo. O ataque foi “certamente um exemplo do extremismo local com que todos vocês tanto tem se preocupado”, disse Obama nesta segunda-feira, após reunião com assessores de segurança para discutir o ataque. O presidente disse que o vínculo com o terrorismo no caso parecia similar “ao que nós vimos em San Bernardino”, mas disse que os investigadores ainda não têm o quadro completo do que ocorreu.

Obama se referiu a um ataque de dezembro de 2015, onde um casal matou 14 pessoas em San Bernardino, na Califórnia. O presidente disse que no caso de Orlando, o autor da ação, Omar Mateen, comprou uma arma legalmente e foi inspirado por informações extremistas disseminadas pela internet. Mateen declarou obediência ao Estado Islâmico “no último minuto”, disse Obama.

“Um dos maiores desafios que teremos é esse tipo de propaganda e perversões do Islã que se veem geradas na internet e a capacidade para aqueles que penetram corações e mentes de indivíduos com problemas”, disse o presidente, após a reunião na Casa Branca. Segundo ele, conter essa ideologia extremista será cada vez mais tão importante quanto garantir que se desarticulem grandes planos terroristas criados no exterior.

Obama também pediu às pessoas que avaliem como responder aos ataques, para evitar um debate maniqueísta sobre o terrorismo ou o controle de armas e em vez disso avaliar como lidar com as duas questões simultaneamente. 

Antes da fala de Obama, autoridades da Arábia Saudita disseram que o suspeito visitou o país duas vezes, em peregrinações, em 2011 e 2012. Ele viajou para o Umrah, uma peregrinação muçulmana à cidade sagrada de Meca, disse um porta-voz do Ministério do Interior do reino. As viagens duraram oito e dez dias. Autoridades dos EUA e da Arábia Saudita não têm certeza de quem Mateen encontrou durante as visitas ou se elas tiveram relação com o ataque. Autoridades dos EUA disseram que Mateen fez uma ligação para o número da polícia dos EUA e declarou sua lealdade ao Estado Islâmico, antes do ataque a tiros.

O número de mortos chegou a 50, mas autoridades reviram os cálculos e apontaram agora 49 mortos e 53 feridos. A política disse que o próprio Mateen foi morto a tiros por volta das 5h (hora local) do domingo. 

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