OMS decide incentivar tratamento comunitário de pacientes com ebola

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2014 13h26

Genebra, 9 set (EFE).- A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu incentivar o tratamento de pacientes vítimas de ebola em suas próprias comunidades, especialmente na Libéria, onde se constatou que as estratégias convencionais para deter a epidemia estão fracassando.

“Vamos reforçar a estratégia de ajudar às comunidades para que se ocupem de forma segura dos pacientes”, disse nesta terça-feira a diretora da área de Doenças Epidêmicas e Pandêmicas da OMS, Sylvie Briand.

“Estamos trabalhando para oferecer atendimento médico em nível comunitário e que mais pacientes sejam atendidos adequadamente, ao mesmo tempo em que protegemos as famílias do contágio”, declarou Sylvie em entrevista.

A Libéria concentra praticamente metade dos 4.269 infectados e 2.288 mortos pelo ebola desde o início da epidemia que assola o leste da África.

A diretora da OMS explicou que, na primeira etapa do surto de ebola, “algumas estratégias pareciam muito coerentes do ponto de vista técnico, mas não consideravam os sentimentos nem a percepção das comunidades”.

Uma das medidas consideradas como contraproducentes foi a de estabelecer áreas de quarentena – em algumas ocasiões com custódia militar – e a de transferir doentes a centros de isolamento afastados de suas residências, anulando seu contato com os familiares.

Sylvie assinalou que a OMS mudou de estratégia e que agora tentará oferecer às pessoas lugares seguros onde “possam receber atendimento e possam se manter isolados para evitar o contágio, mas sem cortar completamente a relação com os parentes”. EFE

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