ONG exige que Maduro liberte imediatamente o opositor López

  • Por Agencia EFE
  • 19/02/2014 03h22

Washington, 18 fev (EFE).- A organização Human Rights Watch (HRW) exigiu que o governo da Venezuela liberte, de maneira “imediata e incondicional”, o dirigente opositor Leopoldo López, que se entregou nesta terça-feira à Guarda Nacional (Polícia Militar) em Caracas após liderar uma grande manifestação contra o presidente Nicolás Maduro.

“A detenção de Leopoldo López é uma violação atroz de um dos mais básicos princípios do devido processo: não se pode encarcerar alguém sem ter provas que o vinculem com um crime”, disse hoje em comunicado José Miguel Vivanco, diretor da HRW para as Américas.

O líder opositor López se entregou nesta terça-feira à Guarda Nacional Bolivariana (GNB) em Caracas depois que Maduro emitiu uma ordem de busca e captura contra ele ao responsabilizá-lo pelo clima de violência que a Venezuela vive desde a última quarta-feira, quando as manifestações contra o governo terminaram com três mortes e dezenas de feridos e detidos.

“As autoridades da Venezuela não apresentaram até agora nenhuma prova séria – para acusar López -, apenas insultos e teorias da conspiração. A única causa provável aqui parece ser o fato de que López é um oponente político do presidente, mas infelizmente, em um país sem uma Justiça independente, isso pode ser suficiente”, considerou Vivanco.

E acrescentou: “a comunidade internacional deve pedir a imediata e incondicional libertação de López”.

Os protestos contra o governo Maduro em várias cidades da Venezuela, que tiveram seu momento mais violento na quarta-feira passada, tiveram, até o momento, três mortes e dezenas de feridos e detidos.

As manifestações da oposição continuam esta semana na Venezuela e hoje o dia foi marcado pelo episódio em que o dirigente opositor López se entregou à polícia em Caracas. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.