Paulo Massato, da Sabesp, cogita usar água “morta” do Cantareira para abastecimento

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2014 14h11

Índice que mede o volume de água no Sistema Cantareira registrou novo recorde negativo nesta segunda-feira (17) Luis Moura/Folhapress Sistema Cantareira opera com apenas 15% da capacidade total

Paulo Massato Yoshimoto, gerente da região metropolitana da Sabesp, classifica a seca atual por que passa o estado de São Paulo como “uma das piores crises dos últimos anos”. Janeiro e fevereiro registraram níveis baixíssimos de precipitação e em março, conhecido como o mês das chuvas, das águas, continua chovendo pouco.

Relembrando a todo momento os ouvintes da Rádio Jovem Pan para economizarem os gastos de água, Massato se prepara para o pior e diz que, se o clima persistir, o reseratório da Cantareira vai “zerar” (ficar em 5%) entre julho e agosto deste ano. Nesse possível cenário, cogita-se inclusive utilizar o “volume morto” da do sistema cantareira, que é aquela água que fica abaixo da altura de captação das comportas. Para tanto, Massato diz que obras estão sendo feitas e que o governador Geraldo Alckmin já as autorizou.

 

A vazão de água do Cantareira já foi diminuido para preservar os reservatórios. Antes, retiravam-se 33 mil litros. Agora, 26.900 L, uma redução de 15,5%. Água das represas Guarapiranga e Alto Tietê estão sendo usadas para repor o corte no Sistema Cantareira. “A expectativa de todos nós é que volte a chover a partir de outubro”, torce Massato. Ele garante, porém, que, “se a população continuar colaborando” e forem usadas as reservas do “volume morto”, haverá 200 milhões de m³ de água, ou 200 trilhões de litros disponíveis, garantindo, na previsão do diretor da Sabesp, o abastecimento até o fim do ano.

Questionado se faltaram investimentos para a questão da água, Massato argumenta que a região metropolitana de São Paulo é uma área de intenso “stress hídrico”. Ou seja, há 116m³ de água disponíveis por habitante, por ano, sendo que o recomendado pela ONU é de 2 mil m³. Isso se deve principalmente à numerosa população, que, apesar de não crescer os mesmos 7%, 8% de antigamente, aumenta em 200 mil novos habitantes anuais, cerca de 1% dos 20 milhões.

Ouça mais detalhes na entrevista completa acima.

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