Afif: Movimentações sociais devem ser canalizadas em plebiscito para constituinte exclusiva
O sétimo dia consecutivo da greve dos caminhoneiros alterou a rotina de diversos setores da sociedade. No Rio de Janeiro, por exemplo, encontrar um ônibus no domingo se tornou uma tarefa árdua. O carioca que tentou aproveitar o fim de semana com seu veículo particular também enfrentou dificuldades.
Em discurso durante abertura do Fórum Mitos e Fatos, organizado pela Jovem Pan, o presidente nacional do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, afirmou que a paralisação pode ajudar a criar uma chance de transformação na sociedade.
Afif lembra o movimento de 2013, quando a população foi às ruas por causa do aumento das passagens de ônibus. “Esse movimento em função do combustível pode se transformar em outra movimentação de proporções nacionais”, diz. Para o presidente do Sebrae, em 2013 o povo foi pra rua de forma espontânea, sem nenhuma mobilização por força política de fundo. “O denominador comum foi: vocês não nos representam. Ali havia uma clara ruptura entra população e Estado”
Na visão de Afif, muitos fatores ajudam a criar esse mau humor povo brasileiro. “Nós temos 13 milhões de desempregados, que acabam influenciado no processo de otimismo das pessoas”, diz.
Afif defende urgentemente a realização de reformas em todos os âmbitos: político, econômico e tributário. “Se não dermos uma mexida urgente, com reformas profundas, não vamos sair do lugar”, diz.
Porém, antes de fazer qualquer reforma, o presidente o Sebrae acredita que o melhor caminho é ouvir a população. Ele é a favor de uma assembleia constituinte exclusiva, que deve ser precedida de um plebiscito. “Dessa forma poderemos canalizar a revolta da população numa proposta objetiva”, explica. “Essa mobilização será para votar a nova fórmula de representação. Essa é a base que nós teremos para poder construir todas as outras reformas em cima”.
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