Barroso autoriza que PF continue investigações em inquérito dos Portos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/06/2018 14h27
Carlos Humberto / Imagem STF Ministro discursa em plenário do STF No despacho, o ministro descreve que as investigações contam com um "volume expressivo de providências já tomadas e um conjunto relevante de informações obtidas"

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a Polícia Federal dê continuidade às investigações no âmbito do inquérito do Decreto dos Portos até que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifeste sobre o pedido de prorrogação feito pela autoridade policial.

A decisão do ministro, relator do inquérito na Corte, atendeu a pedido desta quinta-feira (28) do delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo caso, que solicitou uma nova prorrogação de 60 dias das investigações. O processo tem como alvo o presidente da República Michel Temer e apura seu envolvimento na edição de medidas que poderiam ter beneficiado empresas do setor portuário.

“Sem prejuízo, considerada a véspera do recesso e o conteúdo da peça em que formulado o pedido, autorizo o Ilmo. Sr. Delegado de Polícia Federal, Dr. Cleyber Malta Lopes, a prosseguir com as diligências de investigação até que venha aos autos a manifestação da Procuradoria-Geral da República”, escreveu Barroso.

No despacho em que autoriza a prorrogação e solicita à PGR que se posicione sobre o pedido, o ministro descreve que as investigações contam com um “volume expressivo de providências já tomadas e um conjunto relevante de informações obtidas”. Esta é a terceira vez que a PF pede a prorrogação das investigações.

O inquérito investigava inicialmente, além de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar. Ao longo da apuração, entraram também na mira João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo pessoal do presidente, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades.

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