Cármen se reúne com grupo pró-Lula e recebe abaixo-assinado

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/08/2018 19h45 - Atualizado em 14/08/2018 20h08
Divulgação STF Carmem Lúcia recebeu em seu gabinete um grupo de militantes a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, recebeu em seu gabinete na tarde desta terça-feira (14), um grupo de militantes a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Compareceram à audiência o ativista Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Nobel da Paz de 1980, o ator Osmar Prado e o dirigente João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros.

Foi entregue um abaixo-assinado com aproximadamente 240 mil assinaturas pela liberdade do petista.

“Falamos da liberdade de Lula. Lula é um preso político, há que se encontrar uma saída que seja justa. Espero que isso chegue à mente e ao coração da ministra”, disse Esquivel a jornalistas, depois da audiência.

Para Carol Proner, a professora de direito da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), as eleições 2018 “estão aprisionadas se Lula não for candidato”.

“Ao final, ela (Cármen) disse estar comovida, disse que vai transmitir aos demais ministros a importância desta reunião, disse que não pode antecipar nada, porque seria um pré-julgamento, seria falar fora dos autos, então ela não pode dizer nada do que fará”, relatou Carol.

Ações

O grupo quer que o STF julgue o mérito de ações que tratam da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Apesar da pressão de colegas e movimentos sociais, Cármen resiste a levar o tema ao plenário da Corte.

“Não há motivo para eles ficarem postergando (o julgamento), porque não é mais o caso do Lula, a Pastoral Carcerária disse que já prenderam 13 mil pessoas em São Paulo”, comentou Stédile.

“Achamos que foi positivo (o encontro com Cármen Lúcia), porque ela se demonstrou muito receptiva, que está preocupada com a situação do País, que não é só do caso Lula. E disse que ia refletir sobre todos os argumentos que nós ponderamos”, acrescentou o dirigente do MST.

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