Comitê de crise faz nova reunião para tentar dar fim à greve até segunda

  • Por Thiago Navarro/Jovem Pan
  • 27/05/2018 16h09 - Atualizado em 27/05/2018 16h44
Wilson Dias/Agência Brasil Ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann, da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, falam sobre Forças Armadas garantir o abastecimento na noite deste sábado (26)

O comitê de crise governo de Michel Temer se reúne mais uma vez na tarde deste domingo (27) para tentar desenhar um acordo definitivo com os caminhoneiros paralisados pelo País.

Grande parte das rodovias federais foi parcialmente desbloqueada, mas caminhoneiros mantém protestos pelo País.

A expectativa do ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun é de que a situação seja resolvida até “no máximo amanhã” (esta segunda, 28).

O governo, porém, ainda tem dificuldades em identificar as lideranças da greve. Membros do Planalto reconhecem que falharam ao buscar acordo com representantes da classe que não conseguiram desmobilizar o movimento.

O ministro Marun se disse “otimista” em entrevista nesta tarde à Jovem Pan , após uma primeira reunião que houve com a cúpula de crise mais cedo. “A situação hoje (domingo) em termos de abastecimento já é bem menos difícil do que sexta-feira ou na manhã de sábado”, afirmou.

“Nós estamos realisticamente otimistas. Existe a perspectiva concreta de que esse movimento venha a se encerrar hoje, no máximo até amanhã”, disse Marun. “Estou otimista e tenho razões para estar otimista. O diálogo que estamos desenvolvendo avançam decisivamente”, reiterou.

A reunião de agora a tarde não envolve, no entanto, representantes dos manifestantes, e sim do comitê montado no Planalto. “Estamos em reunião permanente”, disse o ministro.

Marun levou de São Paulo a Brasília propostas realizadas pelo governador Márcio França (PSB) de atender mais demandas dos caminhoneiros.

O governador paulista tenta assumir o protagonismo na resolução da  e disse, também à Jovem Pan, que o governo Temer “não sabe com quem negocia”.

França sugere que o governo federal mantenha por 60 dias o congelamento do preço do diesel assumido pela Petrobras e dê garantias de que os R$ 0,41 centavos de desconto no combustível cheguem efetivamente aos postos.

A área econômica do governo avalia a viabilidade da proposta.

Hoje mais cedo já houve uma primeira reunião do “comitê de crise” com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que começou às 9h sem a presença de Temer.

Depois, o presidente reuniu em seu gabinete alguns ministros para continuar as conversas, entre eles Eliseu Padilha, da Casa Civil; Torquato Jardim, da Justiça; Carlos Marun, da Secretaria de Governo; e Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional.

Estiveram ainda no Palácio do Planalto os ministros de Minas e Energia, Moreira Franco; da Segurança Pública, Raul Jungmann; e a advogada-Geral da União, Grace Mendonça. O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, também participou da reunião.

Mais tarde, o governo deve se manifestar sobre o avanço das negociações e o panorama geral no país.

Com informações de Brasília do repórter Jovem Pan José Maria Trindade:

Ouça a entrevista completa de Marun:

Ouça a entrevista de Márcio França:

Com informações complementares da Agência Brasil

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