Justiça manda conduzir coercitivamente reitor e vice da UFMG

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/12/2017 16h10
Foca Pampulha Operação Esperança Equilibrista, da Polícia Federal, apura desvios de recursos da UFMG para implantação do "Memorial da Anistia Política do Brasil"

A juíza federal da 9ª Vara Criminal Federal, Raquel Vasconcelos Alves de Lima, em Belo Horizonte, mandou conduzir coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Arturo Ramirez, e sua vice, Sandra Regina Goulart Almeida, na Operação Esperança Equilibrista. A ação foi deflagrada nesta quarta-feira, 6, pela Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União, contra desvios de recursos da Universidade para implantação do “Memorial da Anistia Política do Brasil”.

Segundo a decisão, “há indícios de que o atual reitor, Jaime Arturo Ramirez, e a vice-reitora, Sandra Regina, tenham autorizado a exposição cientes das irregularidades”.

Em nota, a CGU informou que foram apurados, até o momento, desvios de mais de R$ 3,8 milhões de recursos vinculados ao projeto do memorial. Além disso, na execução e na prestação de contas da iniciativa, foram verificadas irregularidades, como: falsificação de documentos, pagamento de estágio a pessoas sem vínculo estudantil, desvio de valores para outras contas estranhas ao projeto, além de gastos não relacionados ao objeto da obra.

O projeto inicial do museu passou de R$ 5 milhões para quase R$ 30 milhões, sendo que o valor gasto até o momento é de quase R$ 20 milhões. A obra envolve construção, reforma de edifícios e produção de conteúdo da exposição, com vistas à preservação e difusão da memória política dos períodos de repressão.

Mais de 100 policiais federais e auditores da CGU e do TCU cumprem 11 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de condução coercitiva. Há indícios dos crimes de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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