Justiça nega manter programa Mais Médicos com profissionais cubanos

A Justiça Federal negou hoje (23) o pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU) para manter médicos cubanos no Brasil. A decisão foi proferida pelo juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal.

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2018 16h03
Valter Campanato/Agência Brasil As cubanas Leibes Reis e Isabela Sarmento que atuavam no programa Mais Médicos no Distrito Federal e Entorno, embarcam no Aeroporto Internacional de Brasília rumo a Havana.

A Justiça Federal negou nesta sexta-feira (23) o pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU) para manter médicos cubanos no Brasil. A decisão foi proferida pelo juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal.

O magistrado entendeu que Cuba é um país soberano, e que a Justiça brasileira não pode interferir na decisão unilateral cubana de deixar o programa Mais Médicos e convocar os profissionais de volta.

“É preciso ponderar que Cuba é um Estado soberano. Logo, seus atos estão à margem de controle pelo Poder Judiciário brasileiro. Se não mais subsistem as razões – políticas, ideológicas, financeiras ou de qualquer outra natureza – que levaram o Estado cubano a cooperar no passado com o Estado brasileiro, não há nada que este juízo possa fazer para reverter esta situação”, afirmou Eduardo Penteado.

Cuba fora do Mais Médicos

Na semana passada, o governo de Cuba anunciou o rompimento do programa por não aceitar as exigências do presidente eleito Jair Bolsonaro, que questionou a preparação dos médicos e condicionou a presença deles no Brasil à obrigatoriedade de revalidação do diploma.

No pedido liminar feito à Justiça, a DPU queria que o governo federal fosse obrigado a manter as regras do programa para evitar um “grave cenário de desatendimento” da população, inclusive com a desnecessidade da aplicação do Revalida, exame que permite a médicos estrangeiros trabalhar no Brasil.

*Com informações da Agência Brasil 

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