Justiça veta ato pró-Lula da CUT na Paulista

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/01/2018 22h11 - Atualizado em 19/01/2018 22h15
EFE/Fernando Bizerra Jr. EFE/Fernando Bizerra Jr. CUT e MBL "brigam" para realizar ato pró e contra Lula, respectivamente, na Avenida Paulista

O juiz Antonio Augusto Galvão de França, da 3.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, negou nesta sexta-feira, 19, o pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para realizar na Avenida Paulista um ato a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24.

A entidade ajuizou um mandado de segurança para garantir espaço na Paulista no dia em que o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, vai julgar um recurso do petista.

A avenida, no entanto, também foi requisitada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Revoltados Online para uma manifestação contrária ao petista.

Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal Criminal, de Curitiba, na Lava Jato. Ele responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

A CUT acionou a Justiça paulista em razão da falta de acordo entre os movimentos para o uso da Avenida Paulista, após uma reunião realizada com a Polícia Militar, na quarta-feira, 17.

“No caso em pauta, a entidade impetrante comunicou aos órgãos competentes o intuito de realizar evento às 14 horas, na Avenida Paulista, 1.578, na altura do Masp, com ‘carro de som de grande porte, falas políticas e ação cultural'”, anotou o juiz Antonio França.

“Todavia, há notícia de que uma outra entidade indicou intuito em promover manifestação de ideal antagônico no mesmo dia e local”, escreveu o magistrado.

De acordo com o juiz, porém, “não resta claro qual entidade protocolou primeiro o documento”. “Contudo, analisando a ata da reunião realizada junto à Polícia Militar, tudo indica que a preferência é da outra manifestação (anti-Lula).”

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